Piscicultura pode ser opção de renda para produtores

Rentabilidade. Alguns piscicultores já transformaram a criação de peixes em atividade principal da propriedade

PEQUENOS AÇUDES podem servir para a criação de peixe

No final da década de 1980 o governo do estado do Rio Grande do Sul passou a fomentar a criação de peixes em pequenas propriedades rurais. A medida visava, principalmente, garantir a segurança alimentar, proporcionando também uma renda extra às famílias produtoras. Neste contexto, a Emater/ASCAR passou e ministrar cursos de pisciculturas, ensinando as técnicas para os interessados. Atualmente, só em Montenegro, no Centro de Treinamento de Agricultores (Cetam), são oferecidos cinco cursos por ano, e a demanda só cresce.

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De acordo com Carlos Roberto Vieira da Cunha, o Beto, veterinário extensionista da Emater e um dos coordenadores dos cursos de piscicultura, a atividade vem chamando a atenção dos pequenos produtores, e estes têm procurado o aperfeiçoamento. “Quem tem uma área de terra para abrir um açude já pode pensar em criar peixe. E nós aqui ensinamos como fazer”, aponta Beto. Na semana passada, por cinco dias, um grupo de alunos acompanhou atentamente as aulas oferecidas no Cetam. Para o próximo ano já estão programadas outros cinco cursos. “Mas se houver muita gente procurando, podemos abrir outros”, aponta o coordenador.

Um dos alunos presentes no curso da semana passada é Rodrigo Dias, 23 anos. Ele veio de Lomba Grande, localidade rural de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, para aprender mais um pouco sobre a piscicultura. Ele produz em sua propriedade batata doce, aipim e citrus, mas já tem outros planos para o futuro. “Tenho um açude de meio hectare, mais ou menos, onde pretendo iniciar a criação de carpas. Com o tempo, entendo que isto pode se tornar minha principal atividade”, projeta.

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