O anuncio do 21º parcelamento dos salários dos servidores públicos do Estado motivou novas mobilizações. Nesse mês, eles receberam o menor pagamento desde o início do governo Sartori/PMDB, com o depósito de R$ 350,00. Entidades de classe divulgaram nota afirmando que isso “constitui mais uma etapa do desmonte do Rio Grande do Sul”.
Na tarde de ontem, ao menos uma professora da rede estadual – Escola Álvaro de Moraes – registrou Ocorrência (BO) na DPPA Vale do Caí. Orientada pelo Cpers Sindicato, ela denunciou o parcelamento de seus vencimentos. Na Segurança Pública, dois sindicatos se uniram: Ugeirm (policiais civis) e Amapergs (agentes penitenciários) convocaram seus associados para um dia de mobilização ontem. A orientação era para ficarem na frente dos respectivos órgãos de trabalho, portando o extrato com o depósito bancário. Quanto às delegacias, nesta quinta-feira somente os casos mais graves foram atendidos.
De acordo com a Secretaria da Fazenda, o caixa do Estado dispõem de R$ 221 milhões, o que possibilitou pagamento de duas faixas salariais: de R$ 200 e a outra de R$ 150; e o pagamento da nona parcela do 13º salário do ano passado. A previsão do Executivo é integralizar os salários até o dia 13 de setembro.
O presidente do Sinpol RS, Emerson Ayres, afirma que “mais uma vez o governo desrespeita a lei e coloca os policiais civis em uma situação muito difícil”. Segundo ele, a tragédia mensal é ter de decidir entre pagar a luz ou comprar comida para a família. “Como continuar cobrando o programa Qualificar RS, implantado pela Chefia de Polícia, desses servidores?”, questiona. O Amapergs informa que em breve serão divulgados novos atos e seus respectivos dias. Mas adianta que será retomado o “Movimento Unificado”.
O Número
A folha líquida do mês de agosto fechou em R$ 1,143 bilhão. O Estado soma hoje 344 mil vínculos – entre ativos, inativos e pensionistas