Produtos feitos por presos da Modulada foram comercializados na Expointer

RENDA. O trabalho prisional como tratamento e alternativa econômica viável e lucrativa é realidade no Presídio Estadual de Montenegro

Itens confeccionados por apenados da Penitenciária Estadual Agente Jair Fiorin, de Montenegro, foram comercializados durante a 42ª edição da Expointer. A iniciativa ressalta o trabalho que vem sendo realizado em casas prisionais do Estado com o objetivo estimular o trabalho prisional como tratamento penal e alternativa econômica viável e lucrativa aos empresários.

Bombachas, chapéus e móveis não são novidade nos pavilhões de comércio da maior feira agropecuária do País. Mas nessa edição da Expointer é apenas a segunda na história a ter este tipo de produto feito por presos. 

Uma parceria entre a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Farsul e a Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen), por meio do Departamento de Políticas Penitenciárias e da Susepe, garantiu a cerca de 300 detentos da Penitenciária Modulada de Montenegro (que tem uma população de cerca de 1.800 internos) um espaço de 100 metros quadrados para que pudessem expor e vender parte de sua produção.

Localizado próximo ao pavilhão dos equinos, o estande atraiu movimento acima do esperado, e os motivos são dois: a movimentação recorde de público na feira e os preços competitivos das tábuas de carnes, porta-espetos e móveis produzidos a partir de sobras de madeiras doadas, além das bombachas e jaquetas de couro, feitas com retalhos de tecido cedidos por uma fábrica de móveis da região de Montenegro.

“Tenho recebido muito apoio de empresários da região. Mas ainda temos potencial para mais presos trabalhando, o que ajuda não apenas financeiramente, mas também no tratamento da população carcerária”, explica Loivo Calistrato, diretor da Penitenciária Modulada.

O estande foi administrado pelos familiares dos presos e os recursos são repassados a um fundo, disponibilizado as próprios apenados, que recebem um pagamento fixo equivalente a 75% do salário mínimo.

Entre os projetos que entrarão em funcionamento em breve, está a produção de uniformes para o sistema prisional, feita pelos detentos daqui.

Últimas Notícias

Destaques