A Polícia Civil mantém aberto o inquérito para esclarecer pontos sobre o plano de ação de uma facção criminosa, com sede em São Leopoldo, para libertar um detento da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Após prender um suspeito no bairro Santa Marta, em São Leopoldo, na tarde de terça-feira, a PC foi informada por ele que pelo menos 30 homens foram recrutados para a ação, entre eles um grupo de Montenegro. A Polícia relata que estavam previstos os assassinatos de um policial civil, um membro do Judiciário e um agente do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Novo Hamburgo.
Contudo, o esquema foi frustrado após a prisão de cinco suspeitos no mês de fevereiro e também com o cancelamento da audiência judicial do preso que seria objeto do resgate.
Conforme o delegado Rodrigo Zucco, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de São Leopoldo, em depoimento o preso confessou o plano de resgate e informou que criminosos de Lages, Caxias do Sul, Rio Grande e Montenegro atuariam na ação de soltura.
Porém, ele não revelou o nome dos envolvidos. Agora, a Polícia segue as investigações na busca por identificar quem seriam os delinquentes que aceitaram participar do ataque contra as autoridades. O indivíduo que a facção pretendia soltar é um dos líderes do grupo e tem mais de 50 anos de condenações.
O preso também confirmou os planos de execuções. Dos três crimes previstos, uma pessoa da lista acabou sendo executada. Trata-se do agente da Case, Hadylson Padilha, de 51 anos, que foi assassinado após sair da unidade no Vale do Sinos, em janeiro deste ano. O crime teria sido encomendado pela mãe de um interno do local por represália. A mulher é companheira do detento que seria resgatado em fevereiro durante audiência na Justiça.