Crime. Traficante liderava facção de tráfico de drogas de dentro da cela
A Polícia Civil deflagrou na noite dessa segunda-feira, dia 22, a Operação Montenegro, focada no combate aos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão na cidade de Camaquã e em Montenegro. Durante a ação, desenvolvido por agentes da Polícia de Montenegro, foram encontrados sete celulares em uma cela da Penitenciária Modulada, na localidade de Pesqueiro.
A ofensiva resultou em seis pessoas presas em flagrante e um adolescente apreendido, também em flagrante, por ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. Mais de quatro quilos de drogas, arma e munições foram apreendidos.
Segundo a delegada Vivian Duarte, da Delegacia de Polícia de Camaquã, as investigações duraram cerca de 90 dias, período em que foi monitorada a atuação dos suspeitos. “O objetivo é desarticular um grupo criminoso que atua, principalmente, no bairro Bom Sucesso, em Camaquã. O líder do grupo está preso na Modulada de Montenegro e estaria comandando por telefone as ações dos demais indivíduos. Crimes, fundamentalmente, ligados ao tráfico de drogas”, conta a delegada.
A operação, que contou com a participação de 80 policiais civis, foi centralizada nos bairros Bom Sucesso e Getúlio Vargas, em Camaquã, e também na Modulada. Durante as buscas, mais de quatro quilos de drogas, entre crack, cocaína e maconha, foram apreendidos, bem como um revólver, munições calibres 38 e 357. Objetos furtados foram recuperados. “Diante dos fatos, seis pessoas foram autuadas em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, posse de armas e munições e receptação. Um adolescente foi apreendido em flagrante por ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas”, complementou a autoridade policial.
O diretor da Penitenciária Modulada, Loivo Machado, destaca ser muito difícil combater a entrada de celulares na casa prisional. “Como a Penitenciária fica em um local ermo, muitas vezes vêm por arremesso. Também somos cerceados de fazer revista íntima, só podemos utilizar detector de metais e, algumas vezes, o equipamento não consegue detectar”, revela.
Machado ressalta que o ideal seria contar com um aparelho de Raio-X. “A Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas) e o Presídio Central de Porto Alegre já têm. Os planos da Susepe são contemplar, gradativamente, todas as cadeias do Estado”, conta.