Mato e medo, até quando? Perguntam moradores da rua Alagoas

UM mês após anunciar limpeza de loteamento, construtora dá novo prazo para execução do serviço

A novela envolvendo a rua Alagoas, no bairro Santa Rita, em Montenegro, parece ter travado em um capitulo que os moradores não aguentam mais ver. Eles querem o corte de mato de um loteamento nos fundos de suas residências. A empresa JBPF, responsável, por lotear a área, já deu dois prazos para a execução do trabalho, mas, até agora nada foi feito. A nova data estabelecida para início do serviço é este sábado, 16, quase um mês depois do segundo agendamento previsto, que foi 18 de fevereiro. Se isso irá ocorrer ou não, os cidadãos terão de aguardar mais um pouquinho para conferir.

A construtora informou à reportagem que o trator usado para roçar o terreno estragou. E foi preciso aguardar a chegada de uma peça importada para seu conserto, o que ocorreu nessa quarta-feira, 13. Nesse mesmo dia, novamente, indivíduos em atitude suspeita assustaram os habitantes do local.

Segundo relatos de uma senhora, que por medo, não quer ser identificada, por volta das 19h dois homens estavam rondando o campo. A situação poderia ser considerada irrelevante, não fosse pela onda de arrombamentos que vem atingindo a rua. A Brigada Militar foi acionada, mas não compareceu ao local.

De junho a dezembro do ano passado, sete residências foram invadidas por meliantes. O clima é de pânico entre os moradores da área. A maioria das pessoas que teve suas casas invadidas não quer falar sobre o assunto com receio de sofrer represália. No dia 15 de janeiro a reportagem do Jornal Ibiá esteve na rua Alagoas. Apenas Rogemar Kochenborger, de 59 anos, aceitou ter seu nome divulgado. Ele mora no local há 36 anos e tem acompanhado de perto o pavor que se instalou na vizinhança.

De acordo com Rogemar, tudo começou há cerca de cinco anos quando a área, nos fundos das residências, foi desocupada. “Estão usando essa área para invadir e assaltar as residências. Começou em junho. Em novembro houve a invasão de uma casa na sexta e outra no sábado”, contou Rogemar. O prejuízo dos moradores tem sido grande. “Levaram ar condicionado portátil, computadores e até comida. Em um dos últimos casos, duas meninas estavam brincando na rua quando uma delas viu dois caras entrando no campo, um deles estava com uma televisão embaixo do braço. Ela foi correndo pra casa e descobriu que se tratava da sua própria TV”, conta. A Brigada Militar foi chamada e fez buscas no bairro, mas não encontrou os ladrões.

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