Fábrica de cigarros ilegais desencadeia ampla investigação

A Polícia Civil, com o apoio da Brigada Militar, encontrou e fechou na localidade de Calafate, interior de Montenegro, uma fábrica clandestina de cigarros. A operação ocorreu no mês de dezembro do ano passado. Todo o material apreendido, entre eles cerca de 10 toneladas do produto e maquinário utilizado, foi avaliado em mais de R$ 50 milhões. Além disso, a quadrilha movimentava entre R$ 1,3 e R$ 1,5 milhão por mês.

Também foram localizados matéria-prima e inúmeros selos e documentos de origem paraguaia – os quais seriam utilizados na tentativa de fazer com que o cigarro fabricado ali se passasse por um de marca original. Havia até uma empilhadeira e um galpão lotado de embalagens de papelão para armazenar os maços.

Falsificação, sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e organização criminosa estão entre os crimes apurados. Os líderes do grupo seriam gaúchos, que utilizavam mão de obra paraguaia, mantidos em regime análogo à escravidão. Inclusive, para não saberem onde funcionava o estabelecimento e nem conseguirem fugir, eram levados até lá usando capuzes.

Segundo as investigações, a fábrica poderia estar em funcionamento desde 2013, pois um caderno com anotações que remontam à data foi encontrado pelos agentes. O mesmo também revelou o planejamento de negócios para todo o ano de 2019. As anotações foram usadas no trabalho investigativo, que revelou um grande esquema criminoso no Estado.

Na última sexta-feira, 31, a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Montenegro realizou buscas em uma empresa apontada como sendo de um dos chefes do esquema de falsificação de cigarros. Não havia ninguém no local, mas documentos e o valor de R$40mil foram apreendidos. A investigação continua e foi destaque na mídia nacional nesse domingo, no do Programa Fantástico, da Rede Globo.

Últimas Notícias

Destaques