Acidentes envolvem animais de grande porte em Montenegro

Dois animais de grande porte se envolveram em acidentes de trânsito registrados no feriado do Dia de Finados, nas rodovias de Montenegro. O primeiro caso ocorreu no começo da madrugada do dia 2, na BR-470, próximo à empresa CBC. No local, uma vaca foi atingida por um automóvel Gol. Não há informações sobre os ocupantes do veículo.

Já por volta das 21h30min, na ERS-124, no trecho entre os bairros Estação e Aeroclube, um cavalo morreu e três ocupantes do Peugeot Wagon, que atingiu o animal, tiveram ferimentos leves. Motorista e passageiros foram encaminhados para atendimento médico no Hospital Montenegro 100% SUS. A Polícia Rodoviária Estadual, Bombeiros Militares, Guarda Municipal e Samu prestaram socorro no local.

Em ambos os casos, os proprietários dos animais ainda não foram encontrados. Esse tipo de ocorrência tem se tornado frequente na cidade. No dia 26 de setembro deste ano, outro acidente foi registrado na ERS-124. O caso também teve como saldo a morte de um equino. Parte do animal entrou no automóvel pelo para-brisa, no lado do banco do carona. Por sorte, o lugar não estava ocupado. O motorista não teve ferimentos graves.

O responsável pelo Grupo Rodoviário da Brigada Militar de Montenegro, sargento Edson Marcelo da Rosa Hunter, destaca que a maioria dos acidentes envolvendo animais de grande porte acaba sendo grave. Sem contar com rede de apoio no atendimento a estes casos, a PRE é auxiliada por voluntários que se dispõem a recolher e cuidar desses animais até que o dono seja localizado ou outras medidas possam ser adotadas.

Projeto deve minimizar presença de animais soltos em via pública
O presidente da Câmara de Vereadores, vereador Talis Ferreira (PP), diz que irá cobrar do Executivo o encaminhamento do projeto de lei que trata da questão dos cavalos soltos em via pública. O projeto, que tramita na na secretaria Municipal de Meio Ambiente, regra a questão do resgate.

Conforme a titular da pasta, Taís Führ, o processo está em fase de análise. “A secretaria está observando aplicabilidade da presente lei, e certamente irá transitar por demais órgãos do município para posterior envio à Câmara dos Vereadores”.

O projeto prevê que, depois do resgate feito pelo voluntário, o dono terá até cinco dias para comprovar, através do cartão de vacinas do animal, que ele é o proprietário e, ainda, quitar a dívida feita com o tratamento ou alimentação. Caso contrário, o cavalo ficará em posse do protetor.
“O projeto vai ajudar bastante nesse problema. Pode ser que, num primeiro momento, não resolva, mas nos dá um norte a seguir. Do jeito que está, não dá mais”, diz o vereador proponente da elaboração do projeto.

Executivo estuda alternativas para o problema
A Administração Municipal, por meio de sua assessoria de comunicação, coloca que, “de acordo com o artigo 269 do Código de Trânsito Brasileiro, cabe à autoridade de trânsito, na esfera de sua atuação, fazer o recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das mesmas, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos”.

Contudo, o Executivo diz que busca alternativas para resolver o problema. “A ideia inicial era terceirizar o serviço, de modo que alguma empresa do segmento agropecuário assumisse o recolhimento e o tratamento dos animais em troca de uma espécie de ‘diária’. Até agora, porém, não se conseguiu realizar esta parceria”, informa o Governo Municipal.

Atualmente, a Secretaria de Meio Ambiente com apoio da Procuradoria Geral do Município avalia possibilidades para, possível, resolução do problema: uma delas é entregar o animal solto a qualquer cidadão disposto a resgatá-lo. Neste caso, o animal fica com o mesmo como paga pela retirada das ruas; a segunda alternativa estabelece o recolhimento e o cuidado dos animais como contrapartida à cedência de uma área pública à iniciativa privada.

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