Cidadãos tem até esta quarta-feira, dia 21, para enviar suas colaborações via formulário eletrônico e participar de mudanças públicas que ocorrerão
As atividades desenvolvidas pela professora de educação especial Beatriz Regina dos Santos, com alunos que necessitam de um acompanhamento diferenciado, em Montenegro, podem melhorar. O motivo é a atualização da política de educação especial, que contará pela primeira vez com a participação de pais, alunos, instituições de ensino e pesquisadores da área.
Por meio de uma consulta pública, as pessoas poderão colaborar para aprimorar a Política Nacional de Educação Especial. A elaboração do documento da consulta pública contou com a participação de mais de 25 entidades e de especialistas da área, de acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Júlio Freitas.
Para Freitas, é a vez de pais, alunos, professores e instituições darem a sua contribuição para que possamos organizar melhor os serviços prestados e dar mais qualidade à educação especial. O documento fica disponível na internet até esta quarta-feira, 21. O acesso é possibilitado para todas as pessoas, inclusive aos deficientes visuais às pessoas surdas, por meio do site pnee.mec.gov.br.
Atendimento especial no contraturno é uma alternativa
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), atualmente há mais de 1 milhão de matrículas de estudantes da educação especial nas escolas públicas e privadas da educação básica. Por meio da consulta pública, o MEC espera atualizar o documento e adequá-lo à legislação mais recente, melhor organizar os serviços e ampliar o atendimento a esse público.
Já faz quatro anos que a pedagoga com formação em Educação Especial, Beatriz Regina dos Santos atua na Escola Estadual Coronel Januário Corrêa com alunos que possuem necessidade de atendimento focado nas suas necessidades. Atualmente são nove alunos com autismo, deficiência intelectual e auditiva, de diferentes turmas, que participam das atividades no contraturno escolar.
Conforme Beatriz, os encontros ocorrem uma vez por semana, durante uma hora e individualizado. “Estes alunos estudam normalmente no Ensino Regular e participam das atividades específicas no turno inverso da aula normal”, afirma. Este tipo de trabalho especializado visa desenvolver as habilidades dos alunos para que sigam estudando com mais facilidade.
A professora atende os estudantes na Sala de Recursos, equipada com computador, quadro e todos os materiais necessários. “Utilizamos bastante alguns jogos, brincadeiras, leitura e informática. Não somos conteudistas, apenas trabalhamos o desenvolvimento deles para que tenham bom desempenho na sala de aula e consigam acompanhar o conteúdo regular”, diz Beatriz.
Além de atuar no Januário Corrêa, a professora foi designada pela 2ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE) para atender alunos em outras duas escolas de Montenegro. Além disso, a cada 15 dias a pedagoga participa de um curso para aprimorar as práticas destas aulas, também oferecido pela 2ª CRE, em São Leopoldo. “O Estado tem feito a sua parte dentro das possibilidades para atender os alunos que possuem algum tipo de deficiência”, diz a professora.
Durante as aulas, uma monitora também acompanha e fica de prontidão para colaborar com os estudantes. No Januário Corrêa quem dá este apoio é a monitora Roberta Rosa Rodrigues, que é chamada sempre que necessário. “Ajudo os alunos que têm dificuldade de locomoção e os demais eu auxilio sempre que é preciso. Temos ótimos alunos e os colegas respeitam quem tem alguma necessidade especial. São carinhosos e compreendem”, diz Roberta.