Professores buscam adequação à nova Base Curricular

A nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC) do Ensino Infantil e Fundamental foi aprovada no final do ano passado e, oficialmente, passa a valer em 2020. Muita coisa mudou a partir da ação nacional e esse é o documento que orienta as competências gerais que devem ser desenvolvidas pelas escolas de forma padronizada, no país inteiro. Os professores de Montenegro, agora, vêm trabalhando para estarem devidamente alinhados quando a obrigação entrar em vigor.

A Base foi construída através de uma Consulta Pública e, aprovada, passa por uma fase de implantação. Por aqui, a iniciativa da secretaria municipal de Educação e Cultura (Smec), para as escolas municipais, é construir este processo de forma participativa. O documento, afinal, orienta o que deve ser ensinado, mas é preciso uma “tradução”, deixando os conteúdos esmiuçados e mais claros para o trabalho dos professores.

Com este fim, grupos de educadores vêm se encontrando, separados por áreas. Na semana passada, por exemplo, nove estiveram na Estação Cultura – vindos de diferentes escolas – para voltarem-se aos conteúdos da Matemática propostos pela BNCC. Lá, debateram as competências e as habilidades propostas, alinhando a forma como tudo será trabalhado no município. O mesmo vem sendo feito nas demais disciplinas, como Geografia, História e Língua Portuguesa.

A iniciativa está sendo acompanhada pela professora do programa de pós-graduação em educação da universidade La Salle, Dirléia Fanfa Sarmento. Ela presta assessoria acadêmico-científica aos gestores e professores da rede e também conduz uma pesquisa acadêmica que acompanha o trabalho realizado. “A Base faz parte de um conjunto de ações que tem em vista o direito a uma educação de qualidade, não importa onde que a criança esteja estudando”, destaca, sobre a importância do material.

O trabalho dos educadores montenegrinos deve ser finalizado no início de dezembro deste ano. Dali, ele será encaminhado ao Conselho Municipal de Educação, para validação.

ENTENDA MELHOR
Dentre a previsão do terceiro ano, por exemplo, a competência dada pela Base é “reconhecer os números naturais”. Nisso, o documento prevê as habilidades de ler, escrever, diferenciar e comparar o número. O que os professores municipais estão fazendo é abrir a forma como cada um destes pormenores serão trabalhados, também se adaptando aos novos conhecimentos solicitados. Uma das novas cobranças na BNCC, por exemplo, é o conhecimento do Sistema de Numeração Guarani.

O documento, em 2020, passa a valer para as escolas públicas e particulares. Ele traz diversos desafios, como o de incluir mais investigação no processo de aprendizagem e trabalhar o letramento científico. Também propõe uma progressão de aprendizagem, com habilidades sendo desenvolvidas ano a ano. Em Montenegro, a Smec já realizou diferentes seminários e Encontros de Formação para discutir as novas diretrizes.

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