Escolas do Campo se reúnem para fortalecer vínculos

Evento neste sábado reunirá 14 escolas rurais em celebração à importância da educação no interior

A Secretaria Municipal de Educação está preparando um evento que visa fortalecer as comunidades e a educação rural. Em entrevista ao Estúdio IBIA, Aline Mota dos Santos, coordenadora de projetos da Secretaria Municipal de Educação, e Andréia Machado da Silva, coordenadora das escolas de campo, detalharam as atividades que culminarão no “Primeiro Almoço das Escolas do Campo da Rede Municipal”.

O encontro está marcado para este sábado, na sede da Comunidade Evangélica de Campo do Meio, com início das atividades às 11h e almoço previsto para o meio-dia. O objetivo principal, segundo Andréia Machado, não é apenas a confraternização, mas também o lançamento da nova identidade visual das escolas do campo. “Não é um evento com fins lucrativos. É para a gente se reunir, mostrar a nova identidade visual e fortalecer as comunidades e as escolas que estão nesses locais”, explicou a coordenadora.

Fortalecimento e Reconhecimento

A elaboração da nova identidade visual surgiu de uma reunião pedagógica, com o intuito de criar um elemento que represente visualmente o grupo das escolas do campo. O evento, que não terá apresentações de alunos, contará com a presença de cooperativas escolares, que exibirão e comercializarão seus projetos, além de proporcionar um momento para que as famílias interajam e troquem experiências. O Banco Sicoob e o Sicredi são parceiros e garantirão brinquedos para as crianças.

Montenegro possui 14 escolas no meio rural, com realidades geográficas e de tamanho bastante diversos, abrangendo desde localidades como Bom Jardim e Serra Velha, que tem escolas com poucos alunos, até Costa da Serra com quase 300 estudantes. A integração entre essas escolas é um trabalho de longa data, iniciado em 1994 pela então Secretária de Educação, Vera Rubenich, e coordenada por Liane Lautert. Esse movimento deu origem à Feira Rural, que, desde 2014, inclui também escolas da área urbana. As diretoras das escolas rurais se reúnem a cada dois meses para discutir questões pedagógicas e desafios, reforçando os vínculos.

Mais que números

Andréia Machado da Silvadestacou a relevância social dessas instituições, muitas vezes com poucos alunos – a menor delas, a Carolina Kochenborger, no Bom Jardim, tem apenas oito estudantes. “Não é só o custo, e sim a importância dessa escola para a comunidade. Justamente, porque muitas delas, se a escola fechar, perdem a referência”, ressaltou. Alineenfatizou que essas escolas são pontos de referência e o único vínculo para algumas localidades, como Lajeadinho, onde a Escola BárbaraHeleodora é a única instituição presente. “É muito mais do que um número, é muito mais do que a gente pode imaginar”, completou.

A coordenadora de projetos da SMED também salientou o compromisso da atual gestão municipal em não fechar nenhuma escola do interior, uma postura que garante a segurança e a continuidade do trabalho. O desafio, segundo Aline, é garantir que a educação do campo faça sentido para o aluno, incentivando a permanência no meio rural e a sucessão familiar na agricultura, especialmente a familiar. “A gente tem que instrumentalizar esse aluno para que ele permaneça lá e que ele também tenha uma qualidade no ensino que todas as outras têm”, afirmou.

Os ingressos podem ser adquiridos por meio dos CPMs das escolas participantes ou na SMED. A nova logomarca das escolas do campo também será apresentada no dia do evento.

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