Crianças buscam auxílio para levar projeto a Recife

“Feijão: para quê?” recebeu convite para participar da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia, em setembro de 2018

AS ALUNAS Manuella da Silveira e Nicole Kohls felizes pela conquista

Inovação, criatividade e curiosidade são ingredientes de uma receita que costuma levar ao sucesso. A prova disso é o “Feijão: para quê?”, um trabalho das alunas Brenda Luísa Cardoso de Souza, Manuella da Silveira Rodrigues, Nicole Kohls e Lucas Eduardo Bergold, de 5 a 6 anos, da Escola Municipal de Educação Infantil Santo Antônio. Eles foram convidados a participar da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), pela qualidade de sua apresentação na Mostratec, promovida pela Fundação Liberato, em Novo Hamburgo. O evento, em Pernambuco, acontecerá em setembro de 2018.

Apesar de estarem honradas e felizes pelo convite, a diretora da instituição Aline Motta dos Santos, a orientadora Maria Cristina Soares e a assistente Rita Magale Soares de Paula agora enfrentam um obstáculo: encontrar parceiros que subsidiem o transporte, hospedagem e demais gastos com o passeio. “Ainda não temos noção de qual será o valor necessário para irmos, mas vamos buscar junto à Prefeitura, Câmara e empresas recursos que nos possibilitem essa oportunidade”, afirma a diretora. “Não é para nós, mas sim para os alunos. Além disso, estaremos levando o nome do município. É importante esse destaque”, reitera Aline.

Tudo começou com uma feira interna da Santo Antônio, na qual todos os trabalhos produzidos pelas crianças foram expostos no prédio da escola. Depois, o melhor foi levado à Feira Municipal de Iniciação Científica (Femic), que ocorreu no final de agosto. O projeto destaque foi o “Feijão: para quê?”. Esse foi à Mostratec Infantil.

O objetivo do trabalho, segundo a orientadora Maria Cristina, é reconhecer a importância de comer feijão. “Observamos baixo consumo no almoço da escola pelas crianças do Jardim 2 A, que já optam pelo que querem comer”, explica. “Porém, a ideia de desenvolver um projeto com este alimento surgiu da Hora do Conto, quando li ‘João e o pé de feijão’. Os alunos se interessaram e começamos a semear”, conta.

A alegria dos pequenos em colher um alimento que eles mesmos plantaram é de encher os olhos. “Mas é claro que não adianta a gente só falar como o feijão é importante porque tem Ferro. Isso tem de ser feito de forma atrativa para eles, com brincadeiras”, orienta Aline.

O primeiro procedimento foi plantá-lo no algodão, dentro de vidro; depois, na casca de ovo e, mais tarde, na horta. “Na sala de aula, os alunos têm sempre acompanhamento, mas na hora da apresentação eles que se viram. Aí é que a gente vê a qualidade”, finaliza Maria Cristina.

Uma mistura de aprendizado e diversão

A DIRETORA Aline Motta e a orientadora do projeto Maria Cristina Soares

Quando fazemos o que gostamos, nada é trabalhoso. Até uma ida ao mercado, para contribuir com o projeto “Feijão: para quê?” se tornou tarefa divertida. Manuella da Silveira Rodrigues é quem pode explicar isso. “Lá tinha o preto, marrom, branco, carioquinha”, diz. “E o de vagem”, interrompe o colega Lucas. A pequena Brenda Luísa não esconde a vergonha em falar em público, mas quando começa… E essa foi certamente uma das qualidades do grupo consideradas pelos avaliadores da Mostratec Infantil, além, claro, dos cuidados para com as plantinhas, sobretudo o feijão.

Depois da feira, o consumo do alimento aumentou no refeitório da escola. “A expectativa é de que continue assim”, ressalta Aline.

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