Mobilização ocorre após governador ter anunciado parcelamento de salários
O início do segundo semestre letivo começa em clima de paralisação. Indignados com novo parcelamento de salários anunciado pelo governo estadual, os trabalhadores em educação votam hoje, em Porto Alegre, um indicativo de greve. O CpersSindicato convocou uma assembleia geral extraordinária para as 10h de hoje, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre.
A convocação foi decidida às pressas, no domingo, uma vez que o parcelamento de salários foi divulgado na sexta-feira. Por isso, explica a vice-diretora do 5º Núcleo, Marilú Gomes de Souza, pela primeira vez não houve tempo de fazer uma assembleia regional. Também não será disponibilizado transporte aos trabalhadores porque precisaria de tempo para obter a identificação e número de documento dos professores para repassar ao Daer. Ela, no entanto, salienta a importância da mobilização e afirma que haverá integrantes do núcleo participando. “Os professores irão com carros próprios ou nos ônibus de linha”, observa.
Marilu observa que o cronograma de pagamento estabeleceu a primeira parcela de R$ 650,00, já incluindo o valor da 8ª parcela do 13º salário de 2016, paga na segunda-feira. “É um valor muito baixo”, resume. “O governador está liberado de pagar a dívida com a União e não tem cumprido a promessa de pagar os salários em dia”, acrescenta.
A entidade está mobilizando os trabalhadores em educação e pretende responder ao parcelamento com greve. “Nossa categoria deve estar em peso na Assembleia, em frente ao Palácio Piratini, para darmos a resposta à altura que este governo merece. Um povo que se forja na luta não recua em um momento de total desrespeito aos seus direitos. Não vamos aceitar esmolas, exigimos nossos salários pagos em dia e na sua integralidade”, afirma a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.