Levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, mostra que R$ 5,1 bilhões em dinheiro deixaram de circular em espécie entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019. O fato é reflexo da implantação da “Nova Plataforma de Cobrança” que, desde o final do ano passado, permite que boletos vencidos sejam pagos em instituições financeiras diferentes da que emitiu o documento.
Antes, a possibilidade não existia. Quando o boleto vencia, o pagamento só podia ser feito no banco emissor, o que demandava o saque do dinheiro em espécie. Além de diminuir a circulação, a plataforma nasceu para também evitar fraudes. “Além de evitar o inconveniente e os riscos de andar com dinheiro vivo para pagar contas, estima-se que cerca de R$ 450 milhões em fraudes serão eliminadas anualmente com o fim das adulterações nos boletos”, afirma Walter de Faria, diretor adjunto de Operações da Febraban.
Analistas da entidade indicam que foi necessário um salto tecnológico no setor bancário para por o novo sistema em funcionamento. Para valer a plataforma, instituições tiveram que integrar uma rede de informações que “conversasse” para as consultas, recálculos e as baixas dos débitos em aberto. Considerando o desempenho dos três primeiros meses de plena operação do sistema, a Febraban estima que 6,6 bilhões de boletos sejam registrados na Nova Plataforma, com a alternativa de pagamento sendo ainda mais difundida.