Imec e Mombach em destaque no Ranking Agas

Mercados. Rede de Lajeado e empresa de Montenegro aparecem, respectivamente, como 6ª e 68ª maiores do RS

Participação dos alimentos orgânicos nas prateleiras dos supermercados tem aumentado nos últimos anos

Divulgada na última semana pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a lista dos maiores supermercadistas do Rio Grande do Sul faz referência a duas empresas com operações locais. O destaque é a rede Imec, baseada em Lajeado, mas com filiais em Montenegro: o Imec na rua Capitão Cruz, 298, que ocupa 2.635 m², e o Desco na rua Hans Varelmann, 475, de 2.432 m², no bairro Timbaúva. A empresa ocupou a sexta colocação no Ranking Agas por ter faturado R$ 568,9 milhões em 2017. Ao todo, a companhia possui 21 unidades e emprega 1.946 profissionais. No ano passado, ela havia ficado em quinto lugar no RS.

A Cidade das Artes também está bem representada na pesquisa da Agas através do Mombach. Nascida em 1957 em Salvador do Sul, mas transferida para Montenegro em 1962, a empresa ocupa a posição de número 68 entre as maiores do Estado, tendo faturado R$ 35,8 milhões em 2017, conforme a Agas. Em suas duas lojas no município, o Mombach mantém mais de 130 postos de trabalho diretos.

Ao anunciar os destaques do Ranking, o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, enalteceu que, mesmo com o país em crise, os supermercados gaúchos registraram crescimento real de 2,4% nas vendas em 2017, na comparação com o ano anterior. O faturamento do setor chegou a R$ 30,2 bilhões. “O mundo é dos especialistas, e o varejo supermercadista já entendeu que precisa se especializar em cada área, em cada segmento, em cada detalhe.
Este entendimento permitiu que o setor crescesse acima da inflação em 2017, apostando em uma gestão eficiente das empresas com foco na prevenção de perdas e na produtividade”, analisa Longo.

O levantamento da Agas mostra crescimento no número de lojas supermercadistas no Estado, além do aumento da mão de obra contratada, que chega a 97 mil profissionais. “Saudamos que haja espaço para todos os formatos de empresas e atendimento pleno a todos os perfis de consumidores. Em 2017, vimos muitos supermercados fechando as portas e sendo imediatamente substituídos por outras empresas do setor com um perfil mais adequado para aqueles consumidores. Isto mostra uma seleção natural que o cliente determina de acordo com suas necessidades”, pontua.

Os novos hábitos do consumidor gaúcho

Longo, presidente da Agas. foto: Juliane Kessler

Preocupados em fugir do endividamento, os consumidores gaúchos, no ano passado, evitaram adiar os pagamentos e, sobretudo, parcelar suas compras. Foi o que apontou o Ranking Agas 2017, que mostrou mudança nos hábitos, já que o cartão de crédito perdeu quase 3% das vendas. “100% dos supermercados gaúchos aceitam cartões ou outros meios eletrônicos de pagamento, que dão maior segurança para o consumidor e para as empresas. Hoje, o dinheiro representa apenas um terço das vendas”, disse Longo.

Com relação ao desembolso médio efetuado por compra, o tíquete dos gaúchos variou de R$ 47,80, em 2016, para R$ 47,95, em 2017. Também se percebeu um acréscimo no número de visitas ao super, já que o consumidor está preocupado em poupar e em encontrar promoções. A associação identificou um dado especialmente importante ao Vale do Caí: a participação dos produtos orgânicos cresceu em representatividade e já abrange 1,41% do total de itens comercializados pelo setor — o mix de produtos em uma loja é de 14.077, em média. “O consumidor está cada vez mais preocupado com sua saúde. Nas verduras, a participação de orgânicos chega a 8%”, enfatiza o presidente.

Setor irá investir mais de R$ 200 milhões
O Ranking Agas 2017 também consultou os supermercadistas participantes sobre as possibilidades de investimento ao longo de 2018. Ao todo, 29 empresários afirmaram que certamente irão inaugurar lojas neste ano — movimento que levará a um investimento total de R$ 110 milhões.

Também há previsão de grandes aportes em reformas, modernização e outros segmentos, o que totalizará R$ 210,6 milhões em investimentos.

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