Qualificação. Evento traz as “pratas da casa” Josiane e Rosângela Seelig, o radialista Porã e Orian Kubaski, da ABRH-RS
Com cerca de 350 ingressos vendidos até a tarde da última sexta-feira, a Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) realizará nesta segunda-feira o 23º Fórum da Qualidade e Gestão de Pessoas, das 18h às 22h, no Clube Riograndense. Ainda há bilhetes à venda, segundo a gerente da entidade, Elaine de Paula.
Para palestrar ao público de Montenegro e região, a ACI traz o jornalista e radialista Porã Bernardes, que falará sobre “Como o mundo digital impacta no seu negócio”. Na visão dele, uma boa parte dos empreendedores ainda não acordou para a necessidade de inserção em seus negócios em plataformas digitais.
Outro palestrante será o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) do RS, Orian Kubaski, que irá desenvolver o tema O ser humano como fator de sucesso. “[Para as empresas] A valorização das pessoas se reflete na qualidade dos produtos e serviços, na competitividade de mercado, em custos e preço de venda que gere margem de contribuição e o lucro necessário para continuidade dos negócios, na satisfação e fidelização de clientes, nos resultados e performance superiores, na capacidade de inovar e permanecer no mercado”, defende.
Também subirão ao palco do Riograndense as pratas da casa Josiane e Rosângela Seelig, proprietárias da loja Seelig, que abordarão o tema: “Uma história de 90 anos: empreendedorismo familiar ultrapassando gerações”. Segundo elas, apesar de muitos aspectos terem mudado ao longo desses anos, a essência do negócio se manteve: “Nunca nos acomodamos nas crises e dificuldades, sempre tentando e inventando, pois há sempre possibilidades e alternativas para quem busca ir além”.
Saiba Mais
Atualmente diretor de conteúdo da Rádio Unisinos FM e professor na mesma instituição, Porã concedeu entrevista aos organizadores do Fórum da Qualidade e Gestão de Pessoas.
O empresário, de maneira geral, está preparado para lidar com o mundo digital?
Nem todos os empresários estão preparados para lidar com o mundo digital. Eu vejo que muitos ainda estão demorando para se mexer nesse novo cenário. Mas há outra parte do empresariado que já entendeu que o ambiente digital muda a maneira de consumir, procurando cada vez mais se inteirar com as plataformas digitais para que seus produtos estejam na vida das pessoas. Isso porque o consumo digital aumentou muito nos últimos anos. Há uma geração toda que compra só no digital sem ir à loja nenhuma.
Tu és um apaixonado por música e um conhecedor do meio. Como a música se encontra neste cenário digital?
A indústria fonográfica foi uma das mais atingidas pelo ambiente digital, uma ruptura no cenário da música. Inclusive — eu trago isso na palestra — a forma que uma nova mídia chega, uma nova tecnologia, e destrói uma empresa, isso em organizações extremamente estabelecidas, como era a indústria fonográfica. Hoje, a gente passa por um cenário onde o streaming é o forte da música, programas como o Spotify, Deezer, Apple Music e outros que os artistas estão usando para compartilhar a sua música. É barato para quem adere a esse sistema, mas não é tão rentável para os artistas, que brigam para que possam ganhar mais com programas de streaming. Ao mesmo tempo, temos a volta do vinil, pelo qual sou apaixonado. É claro que o vinil não vai voltar a ser a mídia de massa, mas é um nicho onde o consumo de experiência está muito ligado. Isso é muito interessante, pois no momento em que temos um mundo digital tão efêmero, há pessoas que querem ter o prazer de escutar música de verdade, de uma maneira diferente, encostando no disco e olhando as fotos do encarte. A indústria musical ainda está se reinventando pra viver nesse mundo digital. É um grande exemplo para não cometermos os mesmos erros, minguando os seus negócios a quase nada quando o seu lucro era avassalador. O futuro da música deve passar por isso: o vinil, como uma joia, algo luxuoso que as pessoas levarão para casa para acompanhar os seus artistas da melhor maneira possível; e o streaming, como uma bijuteria, que todo mundo pode comprar e ter.