“Bullying uma violência sutil de difícil identificação”

“A violência do bullying é um fenômeno universal, complexa difícil de
ser detectada com antecedência as ações dos Bullyes, que ocorrem
frequentemente, e merece ser salientada, refletida e combatida
constantemente.

O bullying é um problema que existe em todas as escolas; ainda assim,
poucas têm consciência de sua existência ou mesmo das graves
consequências advindas desses atos cruéis e intimidadores.
Em muitos casos, ele é confundido com indisciplina ou mesmo
brincadeiras próprias da idade, ainda com agressões corriqueiras e
causais.

É semelhante a brincadeiras a diferença do que é bullying ou
brincadeira é muito tênue, exige uma observação diferenciada, uma
escuta acurada, especializada, por parte de todos que trabalham no
recinto escolar da Diretora às profissionais da higienização, da
segurança.

É uma violência silenciosa que leva as vítimas a sofrerem caladas e a
amargurarem sentimentos negativos como a raiva, o ódio e de
impotência frente a seus agressores; muitas vezes por longos períodos
até ocorrer o rompimento do silêncio, se vier a ocorrer.
Este processo pode acontecer pela severidade da violência sofrida pela
vítima e, tratando-se de um acontecimento no âmbito escolar, pode
ganhar grande visibilidade através da mídia, levando o conhecimento
do grande público os casos.

Para que a quebra do silêncio ocorra, é necessário construir uma nova
visão de ser humano e superar as adversidades, ser resiliente.
Sua ação maléfica provoca enormes traumas aos envolvidos, causando
doenças psicossomáticas, transtornos mentais e psicopatologias
graves, além de estimular a delinquência e o abuso de drogas.

É lamentável o fato ocorrido na manhã de hoje em uma escola de
primeiro grau, na cidade de Montenegro-Rs. O ataque a faca contra um(a) a jovem adolescente, praticada por um(a) jovem adolescente que assume a prática do delito, são
denominados Bullyes.

Há de se refletir sobre esta ocorrência, querendo ou não, a
responsabilidade recai às instituições: escolas, Creches, sejam públicas
ou privadas.

O Estado que quando chamado para intervir, é soberano na aplicação
da lei para a manutenção da ordem atendendo à demanda posta pela
família.

Há necessidade de avaliar, se trata-se de uma situação de bullying?
Ou outra motivação? Que levou a execução da agressão.

Psicólogos avaliam que sofrer humilhações e agressões nas escolas
nem sempre transforma a vítima em um adulto violento, já que quase
todas as pessoas já sofreram bullying, no entanto a agressão na escola
somada ao desequilíbrio mental e a falta de acompanhamento pode
alimentar um perigoso desejo de vingança contra colegas, afirma a
consultora em violência (FANTE, 2005).

Diante da prática do bullying, pais estão buscando soluções de
proteção no Estado ao registrarem ocorrência policial, para
investigação e por consequência abertura de um processo judicial.

A melhor alternativa é a prevenção primária antecipar informações,
capacitar desde os servidores responsáveis da portaria, da higienização
do espaço escolar, diretores, professores, serventes em geral, todos
têm muito a contribuir para observar comportamentos suspeitos,
brigas entre alunos. Observar as brincadeiras de mau gosto.

Escola mais família aguçar um olhar social, observar sinais e sintomas
que vítimas de bullying apresentam, ampliar o diálogo certamente se
evitará ocorrência com gravidade, física, psicológica podendo gerar
denúncia policial.

Em relação à escola, cabe aos profissionais da educação tomarem
consciência no espaço escolar e buscarem desenvolver, nos alunos e
em si mesmos, uma conscientização de que a paz e a ordem trarão
benefícios a todos.

Como alternativa, sugere-se a implantação de projeto de Mediação de
Conflitos Educacionais, propiciando a facilitação do diálogo entre as
partes conflitantes, vítimas e agressores, envolvendo pais e os
profissionais da educação.

Os casos ocorridos e denunciados à polícia, são transformados em
inquéritos criminais, diante da prática do bullying, pais estão buscando
soluções de proteção no Estado ao registrarem ocorrência policial, para
investigação e por consequência abertura de um processo judicial.

Finalizando, evidencia-se a necessidade de se pesquisar com mais
profundidade este tema – o bullying – nas várias instâncias em que
aparece, tendo em vista a sua complexidade e importância na vida dos
indivíduos e, em especial, nas crianças e adolescentes.”

ME. Jarbas Pitaguary Machado Pires
Especialista em bullying.

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