Comércio em Montenegro reabre com restrições e esperança

DECRETO trouxe ânimo às vendas de Dia dos Pais

Com novo decreto do governo estadual na terça-feira, o comércio não essencial voltou a abrir em Montenegro a partir de quarta, mesmo que ainda na bandeira vermelha. Por semanas liberados apenas para tele-vendas e entrega de mercadorias na porta, os comerciantes, agora, têm das quartas aos sábados, das 10h às 16h, para receberem os clientes presencialmente, ainda que cheios de cuidados. Muito aguardada, a flexibilização trouxe algum ânimo aos empresários, especialmente a dias do Dia dos Pais.

“Nós estamos tomando todos os cuidados e com todas as restrições que têm no decreto”, garante a gerente de loja de vestuário, Kerolin Garcia. Ciente da importância de oferecer segurança aos clientes, ela realocou um dos caixas para a porta do estabelecimento, pronto para atender quem vá apenas pagar contas. Está controlando a circulação de pessoas e dando atenção especial aos protocolos de limpeza. “Um dos pontos que ficamos cuidando são as provas de roupas. Elas não voltam direto para a loja. Vão para o depósito, passam por higienização e ficam dois dias antes de voltar”, relata.

Mesmo com a flexibilização, Kerolin avalia que não vai conseguir atingir o montante de vendas do Dia dos Pais do ano passado. De seu contato com a clientela, observa que muita gente ainda não está saindo de casa; e que outros tantos, apesar de fazerem as compras, têm optado por presentes mais baratos aos papais. “Tem saído muita meia, cinto, pantufas, camisas sociais. Ano passado já era roupão, jaquetas. A pessoa vinha e comprava a roupa completa, com calça, camisa e sapato. Agora, estão levando uma peça só”, aponta.

Para Fábio Gallas, comerciante de itens de bazar e eletrônicos, as vendas que ocorriam por WhatsApp e tele-entrega até funcionavam; mas nada como a liberação para o contato mais direto com o cliente. “O pessoal tem que olhar o produto. Isso faz diferença”, opina. Fora do ramo do vestuário, ele avalia que sua loja deve atingir, no mínimo, o nível de vendas de Dia dos Pais do ano passado. “Agora entrou parcela do auxílio emergencial, mais o pagamento. Está indo bem”, destaca.
A preocupação – dele e dos lojistas em geral – é garantir que as vendas ocorram de forma segura, que evitem contaminações e, assim, permitam que a cidade não volte a ter um novo fechamento das lojas.

Que cuidados o comércio não essencial está tomando
– Quem tem mais de 3 trabalhadores só trabalha com 25% da equipe;
– Recebimento de clientes só de quarta a sábado, das 10h às 16h;
– Respeito ao limite de ocupação do PPCI, com controle de entrada na porta;
– Comércio eletrônico, tele-entrega e retirada estão liberados sem restrição de hora;
– Higienização dos ambientes e equipamentos com álcool ou sanitizantes, logo após o uso, deve ser reforçada;
– Circulação de ar precisa ser garantida;
– Horários específicos devem ser voltados ao atendimento de pessoas do grupo de risco;
– Álcool gel 70% ou preparações similares devem ser disponibilizados aos clientes para entrada e saída das lojas;
– Itens expostos devem ser higienizados;
– Uso de máscara é obrigatório;
– Mostruários dispostos de cosméticos (batom, perfumes, etc) estão proibidos;
– Promoções que causem aglomeração devem ser evitadas;
– Trabalhadores com síndrome gripal devem ser afastados e orientados a buscar o atendimento na rede de saúde. Nestes casos, as autoridades de saúde devem ser informadas pelo empreendedor;
– Provadores precisam ser higienizados a cada uso (inclusive as cortinas, com vapor); com o cliente passando álcool gel nas mãos antes de entrar e ao sair. Não pode provar roupa que entre em contato com o rosto da pessoa; e toda peça, após prova ou devolução, deve ser higienizada (com vapor, higienização ultravioleta, etc) ou mantida por 48 a 72 horas em aeração antes de voltar para a loja.

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