Valorização das comunidades é destaque no Dia de Favela da Cufa

Debate trouxe exemplo de boas ações realizadas nas periferias

Um painel com autoridades, lideranças comunitárias, artistas e ativistas sociais marcou o início do Dia de Favela, promovido pela Cufa Montenegro nesta quinta-feira, 4. Os participantes foram convidados a trazer as suas experiências positivas de projetos e ações realizadas nas comunidades e bairros mais vulneráveis de Montenegro. Para Rogério Santos, coordenador da Cufa Montenegro, o objetivo do evento foi trazer as boas práticas que acontecem nas periferias da cidade. “Hoje, aqui, a ideia é fazer uma reflexão sobre a favela, não naquele aspecto negativo, mas comentar as coisas positivas que acontecem”, destaca.

Titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Montenegro, a delegada Cleusa Spinato abriu a o painel trazendo um pouco sobre o trabalho realizado no Município. “A gente tem hoje vários mecanismos de proteção á mulher, mas a gente percebe que as mulheres que mais precisam ainda não buscam essa proteção. Então aqui em Montenegro a gente conseguiu, graças ao esforço muito grande também do Condim, ter uma rede que funciona”, destacou a delegada.

De Porto Alegre, b.boy Jukinha foi um dos convidados a apresentar-se após a roda de conversa. FOTO: CUFA MONTENEGRO

Carliane Pinheiro, a Kaká, que também é presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (Comdim), destacou a importância do projeto Mães da Favela, da Cufa, para a formação de lideranças femininas dentro das comunidades. “Quando começamos com o Mães da Favela muitas vezes a gente teve que auxiliar as mulheres, principalmente naquela situação psicológica, quando a mãe achava que não ia mais conseguir”, relatou Kaká.

Débora Marília da Silveira, 34, é uma das mulheres que faz parte do projeto Mães da Favela que participou do evento. Ela conta que faz parte do projeto há cerca de dois anos, e neste tempo pode não apenas conhecer os seus direitos, mas também interagir e trocar experiência com as outras mulheres do grupo. “Vim aqui porque eu participo do Mães da Favela, há uns dois anos já. Desde que entrei no Mães de Favela tive muitas coisas boas, muita ajuda, eles (Cufa) são os anjos que apareceram nas nossas vidas”, destaca Débora.

Quem também participou do painel promovido pela Cufa foi Pedro José da Silva, o Mc Pedrão, que compartilhou as suas experiências no meio do hip hop. Ele trouxe como convidados os artistas B. Boy Jukinha e Mc Gangster, de Porto Alegre, que realizaram uma apresentação aos participantes do evento. “O Dia da Favela é mostrar que dentro da periferia existem muitas coisas boas também, não tem só coisa ruim, é mostrar que o hip hop é uma ferramenta que pode ajudar a transformar a vida das pessoas, principalmente quem é da periferia. A gente acaba se identificando com as músicas, com o estilo, com a dança. Essa linguagem acaba ajudando a transformar a vida, principalmente dos jovens”, diz Mc Pedrão.

Além do painel, o evento contou ainda com um almoço com lideranças do Núcleo Maria Maria, da Cufa Montenegro. A programação contou ainda com a divulgação dos ganhadores do concurso de vídeos sobre o Dia da Favela, atividade realizada em parceria com a EEEF Jorge Guilherme Moojen, do bairro Zootecnia. O Dia foi finalizado com a entrega de cestas básicas para mulheres cadastradas no projeto Mães da Favela.

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