Suzana Ribeiro assume a direção do Lar do Menor

Professora aposentada da rede estadual, ela encara comando de uma das mais importantes entidades de Montenegro

Professora de currículo, Suzana Gonçalves Ribeiro começou a carreira na rede municipal de ensino, onde atuou por três anos. Depois, passou a trabalhar nas escolas do Estado, onde assumiu o cargo de professora durante 40 anos, exercendo, inclusive, os cargos de vice-diretora e diretora.

Foi este curículo que a levou à presidência da Sociedade Beneficente Espiritualista, entidade mantenedora da rede Lar do Menor e do Abrigo Menino Jesus de Praga.

Na SBE, há seis anos, Suzana fazia parte do Conselho de Assistência e Amparo. Este ano, recebeu o convite para se tornar presidente. Foi eleita e tomou posse no dia 25 de julho. Ela estará à frente da instituição até 2020.

Em 2011, Josênia Flores Cruz – hoje diretora-executiva – era presidente da Sociedade e convidou Suzana para fazer parte do Conselho e ela prontamente atendeu ao pedido. “Estamos aqui há seis anos e percebo que já conseguimos fazer muita coisa”, comenta Suzana.

Criada há 56 anos, a Sociedade Beneficente Espiritualista, atualmente, tem como foco a Educação Infantil e a manutenção do Abrigo Menino Jesus de Praga. “Hoje estamos nos profissionalizando”, explica a presidente.

Para a nova gestão, Suzana defende como principais metas a divulgação do trabalho desenvolvido nas unidades educacionais e no Abrigo; a valorização do trabalho pedagógico das unidades de educação; reconhecimento do quadro funcional e adequações estruturais para a qualificação do espaço.
“Como trabalhei 40 anos como professora, já tenho uma iniciação, então se torna muito mais fácil. A gente já sabe das necessidades, conhece a realidade e sempre tenta melhorar”, projeta.

Educandários têm novas denominações
Atuando em duas áreas importantes para Montenegro, educação e assistência social, a Sociedade Beneficente Espiritualista (SBE) mantém, hoje, cinco unidades de educação (creches) e o Abrigo Menino Jesus de Praga, casa de acolhimento de crianças e adolescentes.

JOSÊNIA é a diretora-executiva

Há pouco, as escolas de Educação Infantil tiveram uma mudança na nomenclatura, passando a homenagear pessoas importantes para a entidade e para o Município, conforme explica a diretora-executiva da entidade, Josênia Flores da Cruz.

A creche Lar do Menor passou a ser denominada Unidade de Educação Infantil Anita Harres Ferraz, fundadora da Sociedade; a unidade Cinco de Maio permaneceu com o nome por se tratar de uma data importante para Montenegro; a creche Panorama agora é Unidade Cleo Heller, primeira-dama que ajudou na manutenção da entidade. Já a creche Promorar agora é Unidade de Educação Infantil Hélio Soares Araújo, membro do Lions Clube Centro, clube que construiu a creche. E, no bairro Senai, a creche Trilhos passou a ter a identificação de Unidade de Educação Infantil Nilton Moreira, que fez parte do Rotary Club e da diretoria da Sociedade.

“Não é muito fácil de mudar esses nomes porque já existia um vínculo com o antigo nome, mas aos, poucos, vamos nos acostumando com as novas denominações”, defende Josênia.

Hoje as unidade educacionais atendem a 357 crianças de zero a três anos. Destas, 230 em turno integral e 254 em meio período. A manutenção das cinco unidades é feita por meio de contrato com o poder público, que repassa, mensalmente, os recursos para a entidade.

O Abrigo Menino Jesus atende a crianças e adolescentes de zero a 18 anos, em situação de vulnerabilidade, risco pessoal, social e abandono, encaminhados pelo Poder Judiciário. São jovens que foram retirados temporariamente de suas famílias, por medida judicial, e aguardam adoção ou retomada de vínculos com os pais ou parentes.

A casa funciona 24 horas por dia, com toda a estrutura possível. O serviço de acolhimento é contratado pelo Executivo para 25 menores.

A manutenção do Abrigo é feita, além do investimento da Prefeitura, com recursos obtidos pelo Conselho Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente (Comcrad), Conselho Municipal de Assistência Social (Comas), comunidade – por meio de doações como o Imposto de renda e a Nota Fiscal Gaúcha – (NFG), clubes de serviço e sócios.

Projeto “Tampinha legal” ajuda na busca por recursos
Tampinhas de refrigerante, de água, de pasta de dente, de azeite, de óleo, de detergente… Recolhidas e recicladas, além de não virarem lixo, geram renda, que é destinada a entidades assistenciais. Isso é possível por meio do projeto “Tampinha Legal”, que existe desde outubro de 2016, quando foi criado, no Congresso Brasileiro do Plástico. Em Montenegro, a entidade beneficiada com o projeto é a Sociedade Beneficente Espiritualista, que mantém seis unidades de Educação Infantil e o Abrigo Menino Jesus de Praga.

MARIA Cristina explica que todas as tampinhas de plástico podem ser depositadas nos coletores

De acordo com a diretora administrativa Maria Cristina Kranz, a ação incentiva a educação ambiental, através do reaproveitamento do plástico.

Promove o recolhimento de tampas plásticas de qualquer tipo de embalagem para venda e destina a verba a causas sociais locais.

Qualquer tipo de tampinha plástica pode ser depositada nos coletores, identificados com o projeto e a marca da SBE. “No primeiro momento, a gente lembra-se das de refrigerante, mas não são somente elas. O projeto recebe qualquer tipo de tampa plástica”
O material será recolhido, separado por cores e vendido por uma empresa indicada pelo Congresso. Os coletores estão sendo distribuídos pela cidade. “Estamos solicitando a disponibilidade de deixar um coletor em alguns pontos da cidade, para recolher esse material e depois repassar para empresa que destinam os recursos para nós”, detalha.

As coletores ainda estão sendo distribuídos, mas as unidades educacionais, incluindo a sede administrativa e o Abrigo Menino Jesus de Praga, já possuem os recipientes para depósito das tampinhas.

As empresas ou instituições interessadas em dispor de um espaço para o coletor podem entrar em contato com a Sociedade Beneficente Espiritualista, localizada na rua Bruno de Andrade, no bairro Municipal. É uma maneira simples de ajudar a entidade que tantos serviços presta à comunidade montenegrina.

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