Suspensão de contrato deixa a cidade mais suja

Secretário de Viação e Serviços Urbanos, Ricardo Endres, afirma que contrato com a JLV foi rompido para conter gastos

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Na avenida Júlio Renner, mato invade a passagem e chega à rua.

Sim, é uma triste constatação. A cidade está virada em mato e sujeira. E este é o primeiro pensamento de muitas pessoas que têm transitado pelas ruas montenegrinas nos últimos meses. Na Beira do Rio Caí, Centro, Timbaúva, Cinco de Maio, Santa Rita, o brejal e as impurezas não fazem distinção. Do bairro mais nobre, ao mais pobre, tudo está envolvido por eles. É verdade que alguns trechos já estão sendo limpos, como é o caso da beira do Cemitério Municipal. Mas ainda há muitos problemas a serem sanados, e a empresa que antes prestava este tipo de limpeza à cidade, está com contrato rompido pela Prefeitura Municipal há aproximadamente 20 dias. Isso quem afirma é o Secretário municipal de Viação e Serviços Urbanos, Ricardo Endres. “A medida de cancelamento com a JLV foi para diminuir gastos. Mas os funcionários da Prefeitura estão encarregados dessa tarefa. Porém, estavam terminando a manutenção das escolas para início do ano letivo”, argumenta.

“Antes, soube que era mais limpa”, diz a nova moradora Luana Pamela, de 29 anos, sobre Montenegro. E se essa frase chegou aos ouvidos dela, que se mudou há apenas três meses para cá, é porque o problema está realmente incomodando os moradores.

O secretário explica que a situação chegou a esse ponto porque no período entre janeiro e fevereiro as chuvas intensas e o calor excessivo contribuíram para que a vegetação crescesse mais rápido. “Eu mesmo tenho cortado a minha grama com mais frequencia, de 10 em 10 dias”, afirma. Como o setor municipal que poderia resolver o caso estava ocupado com outros afazeres, como a conservação das escolas, o problema foi acumulando e o resultado é o que se vê hoje.

A previsão é que a situação seja resolvida e o cenário mude é até abril. “O serviço todo estará normalizado, com os devidos aparos”, destaca Ricardo.

Apesar da situação, moradores têm deveres
A cidade não é só minha. É sua, do seu vizinho ou de qualquer outra pessoa que esteja de passagem por aqui. Ricardo Endres explica que a responsabilidade da Prefeitura para limpeza pública dos matos, é apenas do cordão da calçada para a pista. Da calçada para dentro é de atribuição do cidadão montenegrino. Estar ciente dos direitos é importante, mas dos deveres também.

“A limpeza dos terrenos baldios, os próprios proprietários que devem encarregar-se. Nesses casos a Prefeitura tem a obrigação de multar”, diz Endres.

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secretário de Viação e Serviços Urbanos, Ricardo Endres afirma que até abril os aparos na cidade estarão realizados e os espaços mais limpos

Desde que mudou para a cidade, Luana Pamela, tem notado o crescimento e falta de aparo no mato que tem costeado as ruas e invadido espaços públicos. Ela reside no bairro São Paulo, mas frequenta a pracinha e academia pública na rua Severo Fabrasil, próximo à avenida Júlio Renner, a “Via 2”.
“Está complicado aqui. Eu tenho uma filha de seis anos, como vou vir com a criança para cá. Vai saber se não tem cobra ou insetos peçonhentos pelo meio do mato. Logo que eu cheguei na cidade, o local estava mais preservado”, queixa-se.

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vegetação da área verde de lazer na pracinha na Severo Fabrasil está precisando de cortes. Grama alta pode esconder animais peçonhentos

A diarista Elizabete Pohren, 54 anos, moradora do bairro Santo Antônio afirma que a entrada do bairro também está cheia de brejo e sujeiras. Porém, na rua em que reside, não há esse tipo de problemas. “A cidade realmente está com muito mato. Acredito que o problema seja de gestão. Se cada um fizesse a parte que lhe compete, não haveria o problema”, enfatiza.

Mas há espaços, como a localidade próxima à empresa Marsul, que não sofre com o descaso. De acordo com a moradora Marlene Carvalho, 45 anos, diarista, a rua Cristo Redentor, bairro Santa Rita está com condições adequadas de limpeza e aparo da vegetação. “Na vila é bem organizado. A rua é bem limpa e não tenho do que me queixar”, explica.

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