A grave dos professores da rede estadual d se encaminha para quase um mês. Na tarde desta sexta-feira, 13, ocorreu audiência pública que discutiu os impactos das medidas do governo Leite. A atividade foi realizada na Câmara de Vereadores de Montenegro.
Apelidado pela categoria como “O Pacote desumano de Eduardo Leite”, as medidas propostas atingem principalmente os professores. A lista é grande, e contém mudanças como alteração no plano de carreira do magistério, fim dos adicionais por tempo de serviço e das convocações e substituição por contratos, corte da incorporação de gratificações na aposentadoria, reajuste zero por tempo indeterminado, entre os pontos.
De acordo com a presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, Sofia Cavedon, esse é um momento decisivo para a educação. “Iremos encaminhar um documento com demandas específicas de Montenegro ou de algumas escolas”.
Das 22 instituições que integram o 5º Núcleo do Cpers, 17 aderiram à paralisação de forma intergral ou parcial. Na manhã de ontem, 13, o Cpers anunciou a rejeição da nova proposta e garantiu a continuidade da greve. Conforme a entidade, um dos principais problemas identificados não foi corrigido, que é o fato de que os futuros reajustes serão descontados da parcela autônoma — formada por valores já destinados aos professores. A falta de diálogo do governo com os grevistas também foi criticada pelo Comando de Greve, que promete parar a Capital na semana decisiva para assegurar a rejeição às medidas.
Segundo o governo, o conjunto de medidas é imprescindível para conter a elevação das despesas de pessoal ativo e na Previdência. A mudança do plano de carreira do magistério é uma das 8 propostas do pacote, que deve começar a ser votado na próxima semana, na Assembleia Legislativa.