“Me empresta a luz dos olhos negros, brilhantes e puro
Que eu tenho cantos escuros guardados dentro do peito
Me empresta todo este jeito feliz de encarar a vida
Que em minh’alma dolorida só existe sonhos desfeitos…”
Na voz de Flávio Patrício Vargas, Súplica, de Porca Véia ganhou ainda mais vida e emoção. E foi assim o último sábado, 24, com muita música e poesia declamada, tradicionalismo e cultura, em mais uma edição do Encontro dos Poetas Livres.
O Galpão de Marco Antônio Bender, um espaço democrático que, nas palavras dele próprio, pretende difundir a cultura, foi palco para o encontro de músicos, poetas e escritores. A reunião teve início às 9h, iniciativa da Querência dos Poetas Livres, e seguiu durante a tarde.

O tema do encontro deste ano foi “Primavera, Lua Cheia e Poesia”. A programação incluiu café da manhã, almoço campeiro e café colonial. Ao longo do dia ocorreram diversas apresentações de poesias e músicas e homenagens.
De acordo com o tradicionalista e poeta Flávio Patrício Vargas, o encontrou marcou os 25 anos dos Poetas Livres. “Vieram pessoas de outros municípios para participar. E são dois encontros anuais o da Querência dos Poetas; um que acontece em Montenegro e outro em Camaquã. O objetivo principal é o da fraternidade”, explica.
Participando pelo 4° encontro consecutivo, Cláudio Santos da Rosa, o Xirú da Gaita, destaca a troca e integração proporcionada pela reunião. Ele esteve acompanhado pelo tio Álvaro Rosa Figueiredo, que integrou o grupo pela primeira vez. “É pelo reconhecimento e continuidade dessa tradição. É uma experiência interessante”, pontua.