Qualidade das obras nas esquinas é a maior preocupação
A segunda etapa da revitalização da rua Ramiro Barcelos teve início no dia 29 de janeiro e, até o momento, mudanças estão sendo feitas. As esquinas da Ramiro Barcelos com as ruas José Luis, Osvaldo Aranha e Santos Dumont passaram por uma boa reforma de iniciativa do Executivo Municipal, porém algumas pessoas não estão satisfeitas com alguns “detalhes” da obra. O presidente do Legislativo, Cristiano Braatz (MDB), representa os cidadãos e, nessa quinta-feira, 22, encaminhará um pedido de informações sobre esta etapa da revitalização com o objetivo de fiscalizar e acompanhar a situação.
Bancos nas esquinas, floreiras de cimento, esquinas mais largas e faixas sinalizadas. Em teoria, as mudanças deveriam dar mais segurança à travessia de pedestres e oferecer um local de integração e encontro para quem frequenta o centro de Montenegro. Porém, a demora para a finalização e retrabalhos estão deixando os moradores do entorno apreensivos.
Assis Vieira, aposentado, observa que as obras estão muito bonitas, porém com sérios problemas. “Os bancos, por exemplo, já foram chumbados pela terceira vez, porque esse cimento não está segurando. Daqui a pouco, quando ver, alguém pode sentar e o banco cair. É o capricho que está faltando”, relata.
Segundo o engenheiro Bruno Troina, da Secretaria Municipal de Obras Públicas, o projeto da revitalização foi elaborado por um arquiteto e urbanista credenciado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) e a necessidade de recolocar os bancos é por outro motivo. “Devido à ocorrência de vandalismo, alguns bancos precisaram ser repostos nos locais. Em nenhum destes serviços houve ônus para Prefeitura, pois a obra ainda não foi entregue”, diz.
Vieira ainda aponta problemas como a calçada do encruzamento da Osvaldo Aranha, que ficou torta e duas pedras postas já estão soltas. “Em uma das esquina a água está empoçando. Em outro ponto, ocorreu um acidente em uma madrugada e o carro bateu e quebrou três canos, e está quebrado até hoje”, fala.
Sobre os canos das esquinas o engenheiro da SMOP, declara que não compete ao contrato o ajuste desse prejuízo, mas que medidas já estão sendo tomadas pela Administração. “Há um processo judicial para ressarcimento junto aos envolvidos no acidente do local”, comenta Bruno.
Segundo a SMOP, a obra está sendo executada rigorosamente, conforme projeto. “Em alguns pontos foram feitas adequações neste sentido considerando a disponibilidade do sistema de drenagem existente no local. Havendo necessidade de ajustes, os mesmos serão providenciados posteriormente”, fala o engenheiro Troina. De acordo com ele, essas são situações corriqueiras em cenários de construção.
O presidente da Câmara de Vereadores, Cristiano Braatz (MDB), comenta que muitos problemas estruturais da revitalização já são do seu conhecimento e garante que não irá medir esforços para realizar seu trabalho como vereador. “Eu não sou da área, mas como vereador preciso exigir. Tem situações que mesmo a gente não sendo técnico é visível que tem uns problemas e isso é inegável”, diz.
Braatz afirma que irá acompanhar o assunto e pedir as cópias de informações sobre as obras. “O município tem trinta dias para nos fornecer a resposta com as cópias que serão exigidas e, se for necessário, também realizaremos uma reunião na Câmara com todos os envolvidos”, coloca.