Já faz anos que os taxistas do ponto da Rua São João, ao lado da Praça Rui Barbosa, estão trabalhando sem uma “casinha”. A cobertura, normalmente de ferro, e característica dos pontos de táxi, serve para abrigar os passageiros e os motoristas enquanto aguardam pela corrida. Sem ela, de acordo com os trabalhadores, muito possíveis clientes procuram outros pontos nas proximidades, pela falta da facilidade.
“Em época de campanha, a gente aperta tanta mão com promessas. Daí dizem que vão fazer e a Prefeitura nunca faz”, desabafa o taxista Paulo Armando Fagundes. Nos dias de chuva, quem não vai até outro ponto, aguarda o carro sem abrigo e precisa fechar o guarda-chuva na entrada do veículo, acabando por molhar seu interior. Nos dias de sol, a falta da “casinha” deixa o táxi da ponta no sol, esquentando o banco do passageiro e também afastando a clientela.
“Parece que não adianta. A gente fala com eles e não adianta nada”, observa a taxista Inês da Silva, coordenadora do ponto. Ela avalia que fazem, no mínimo, uns cinco anos que o problema se estende. Localizado no coração da cidade, ela se indigna com a situação de descaso com seu local de trabalho. E também reclama da direção da rua São João que, com as mudanças no trânsito, deixou o trecho dos taxis “de costas” para a rua Ramiro Barcelos, também prejudicando as operações.
Por intermédio da Assessoria de Comunicação, o Diretor Municipal de Trânsito, Airton Vargas, explicou que a retirada da “casinha” deu-se pelo trabalho de revitalização da esquina em questão, que passou por reformas. Segundo ele, existe um projeto que vai padronizar todos os abrigos de taxis do município. Com ele, o ponto da Praça Rui Barbosa deve receber a instalação da casinha durante o 1º semestre de 2018.