Trabalho. Serviço colabora para que não se perca muito tempo nem dinheiro com cursos e profissões frustrantes
E seguem as comemorações dos 20 anos da Acerte Assessoria Empresarial. Regadas a muito conhecimento e troca de experiências, as atividades terão nova etapa na próxima quarta, dia 26, às 19h, com a palestra “Orientação Profissional em Questão”. A condução dos trabalhos estará sob a responsabilidade de Juliana Kuhn — estudante de Psicologia em fase de conclusão de curso e integrante da equipe da agência. A participação no evento, que ocorre na própria Acerte (rua Osvaldo Aranha, 2.057) é gratuita, mas requer reserva de vaga antecipadamente pelo telefone (51) 3632-6165.
Nesta entrevista ao Jornal Ibiá, Juliana antecipa alguns tópicos que vai desenvolver na palestra e salienta a importância de ter um foco bem definido para que você não perca tempo nem dinheiro na hora de alinhar a carreira profissional. Acompanhe a seguir:
Em recente palestra na capital gaúcha acompanhada pelo Jornal Ibiá, o historiador Leandro Karnal referiu que a humanidade está perdida, porque o mundo tem mudado muito rápido e essa celeridade coloca o futuro em xeque. Karnal citou o escritor israelense Yuval Harari para ilustrar que, pela primeira vez, não se sabe o que será ensinado à próxima geração. Diante deste contexto de transformação permanente, qual é o papel do orientador profissional?
Nossa realidade atual nos oferta uma infinidade de cursos, sejam eles técnicos, tecnólogos, graduações, cursos de curto prazo, extensão, aperfeiçoamento, etc. São muitas possibilidades para cada área de atuação. Cada uma com suas especificidades e oferecidas por diferentes instituições. Cada uma dando “a sua cara” para os mesmos conteúdos, a fim de adequá-los na forma que considera a melhor para o aluno construir seus novos conhecimentos. Esse cenário tão rico em possibilidades e com tamanha facilidade e rapidez no acesso à informação traz consigo seus desafios. Um deles é nos colocar em uma situação até então não experimentada pelas gerações mais antigas: a de fazer uma escolha frente à variedade de caminhos que se pode seguir.
Neste cenário, como agir para errar menos ao se fazer escolhas?
Fazer essa escolha já foi uma tarefa mais simples, que não requeria auxílio algum. Quando as possibilidades de escolha também eram menos diversificadas, por um lado não se tinha tantas opções, mas de modo geral as existentes eram mais conhecidas. O que percebemos atualmente são jovens e adultos que não sabem por qual caminho seguir. Vivem um momento de incertezas e, por isso, alguns não fazem uma opção. Se em uma época anterior valorizava-se a espiritualidade, o desenvolvimento interior e a construção de relações profundas entre as pessoas, a característica da atualidade é a valorização do externo, como a preocupação com a imagem e o corpo, com o que está a olhos vistos — seja pessoalmente ou através do que é postado nas redes sociais. Mas com o tempo que se gasta navegando, não se está interagindo com quem está ao nosso lado.
Em que medida o exagero das redes sociais nos atrapalha?
Se antes a preocupação era ser, agora é aparentar. Somado a isso, temos uma evidência no que se refere à vida contemporânea: o tempo nunca é suficiente, corremos contra os ponteiros do relógio para dar conta de muitas atividades, sem ter o tempo necessário para ficar consigo mesmo. A ausência do exercício de olhar para si mesmo na vida cotidiana resulta em pessoas que conhecem muito pouco sobre si próprias, o que não contribui para que consigam sozinhas fazer uma escolha profissional assertiva. Conhecer-se é o primeiro e mais básico requisito para fazer boas escolhas. Isso se aplica não só à escolha profissional, mas também às escolhas que fazemos ao longo da vida.
Quais as consequências?
Por vezes, as pessoas, pelo fato de poderem fazer tantas coisas diferentes e não terem conhecimento do que desejam fazer, acabam não fazendo nada. Ou fazendo tudo. Investem seu tempo e seu dinheiro em diversos cursos e/ou formações que não chegam a concluir até encontrarem aquela que condiz com suas expectativas, aquela que, ao cursarem, se sentirão verdadeiramente interessados, habilidosos para lidar com os conteúdos e funções que a área escolhida requer, conseguindo vislumbrar para si um futuro profissional. Descobrem, na prática, na experimentação e no risco, o que é que eles realmente querem. Todo o conhecimento adquirido neste caminho de tentativas é válido, porém, muitas vezes, esse caminho torna-se longo, causando angústia, ansiedade, sensação de desamparo, incapacidade e insatisfação, comprometendo o bem-estar do indivíduo. Pode levar ao desenvolvimento de depressão, transtornos de ansiedade, crises de pânico, entre outras formas de adoecimento.
Diante deste cenário que você descreve, quais são as funções do orientador?
A orientação profissional pode ser decisiva para que o indivíduo seja bem-sucedido em sua escolha profissional, alcance satisfação e sucesso com sua caminhada, evitando o desgaste emocional e de energia. Além disto, apostar em uma escolha profissional bem-sucedida diminui a possibilidade de investimentos financeiros desnecessários, como as trocas de cursos de graduação. O custo do estudo hoje não é barato e contrasta com a situação econômica de grande parte da população. Por isso, embora não ofereça certezas ou garantias, a orientação profissional é uma coadjuvante importante para que, através da escolha bem feita, o investimento financeiro seja feito “no lugar certo”, onde proporcionará satisfação e retorno. Auxiliar as pessoas na sua escolha profissional no cenário atual é um desafio. Requer inovação, ampla visão de mundo e de futuro, atualização constante para que se trabalhe com as pessoas o autoconhecimento e o desenvolvimento de diferentes competências pessoais que se fazem necessárias para que essa escolha seja feita como deve ser: com clareza, segurança e assertividade. É com esse desafio que a Acerte se compromete ao oferecer seu serviço de orientação profissional, ou seja, auxiliar as pessoas para que deem passos firmes na construção de uma carreira que lhes proporcione sucesso e satisfação, sem comprometer seu bem-estar físico e mental.