Os devotos de Nossa Senhora dos Navegantes demonstraram sua fé no final da tarde dessa quinta-feira com uma procissão em homenagem à santa. A Brigada Militar, que acompanhou o percurso, não soube estimar o número de participantes.
Nossa Senhora chegou ao cais do Porto das Laranjeiras pela água, trazida em uma embarcação e acompanhada pelo grupo de remadores de montenegro. Em seguida, a imagem foi levada para os braços do povo. Os fiéis se revezzaram para carregar a imagem, enfeitada de flores brancas e sob a bênção do padre Ricardo Nienov. A imagem foi carregada até a paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Timbaúva, onde foi celebrada uma missa. Durante o percurso, foram entoadas músicas religiosas e orações.
Entre os devotos, histórias de fé se misturavam às homenagens. Flores foram jogadas no rio como oferta à Nossa Senhora dos Navegantes e velas foram carregadas pelos fiéis. Estas não puderam permanecer acesas devido à chuva, que pegou os religiosos de surpresa no meio do caminho.
Rosane Sabin, 63 anos, é devota da santa. Ela, que esteve na procissão acompanhada do marido, revela que sempre teve a proteção de Nossa Senhora dos Navegantes. “Minha filha esteve muito doente quando tinha oito meses e ela [santa] esteve junto comigo. Ela e Nossa Senhora Aparecida”, diz a mulher, que carregava uma flor rosa como agradecimento à santa. Hoje, a filha de Rosane está com 36 anos e também é devota.
Com uma vela nas mãos e os olhos marejados pela emoção, Elaine Belolli, 63, conta porque sente como se Nossa Senhora dos Navegantes fosse da família. “Minha filha mais velha nasceu com problema e, quando eu engravidei do segundo filho, fiquei com muito medo. Então minha vizinha falou para eu convidar Nossa Senhora dos Navegantes para ser madrinha dele, que ia ficar tudo bem”, conta.
Ela atendeu a sugestão e pediu, antes mesmo de o filho Daniel nascer, que o padre oferecesse ele à santa. O bebê nasceu saudábel, com 4,8 kg e de parto normal, diferentemente da primeira filha que havia nascido através de uma cesariana com 1,9 kg.
“Eu considero ela como minha comadre. E hoje é o aniversário dela, então viemos festejar junto”, diz Elaine enquanto a primogênita, Alessandra, de 34 anos, chorava de emoção ouvindo a história da família. “Lá em casa todo mundo é devoto de Navegantes”, conta Elaine, que tem cinco filhos.
