Previsão é de início das obras na sede em 2022
Sonhos estão sendo postos em prática na Associação Cultural Beneficente (ACB) Floresta Montenegrina. Na terça-feira, 28, dia em que a Sociedade completou seus 105 anos, foi relançada a campanha de reforma da sede, que tem como lema “Amigos, Floresta e Reforma”. Até o momento, o banheiro já foi reconstruído e ainda faltam a cozinha e a copa.
Com um número pequeno de convidados, o aniversário da Associação foi comemorado com brinde, alegria e novidades. As plantas da idealizada sede foram apresentadas, e contam com um espaço todo reformulado para a cozinha, a copa, a fachada e interior. “Para que a gente viabilize a utilização mais plena da sociedade começa agora a campanha para construção da cozinha e da copa”, diz a presidente da ACB, Letícia Santos.
Lançada em novembro de 2019, a campanha ficou em stand-by devido à pandemia, e segundo Letícia é essencial o apoio dos associados e amigos para a conclusão. “Nós temos uma previsão de início das obras para janeiro de 2022 dentro dos recursos disponíveis, então a gente vai realizando atividades até dezembro”, relata.
A presidente conta que a associação está no local desde os anos 50, e que há 25 anos o antigo prédio caiu, sendo necessária também uma campanha para reerguer a sede. “O nome da campanha era Tijolo por Tijolo Floresta”, declara.
Com recursos da Lei Aldir Blanc e de doações de associados, o banheiro da ACB já foi reformado. “A ideia do banheiro é muito antiga. Foi muito festejada a notícia da reforma do banheiro”, fala Letícia.
Para ela, o Floresta é um espaço que cumpriu seu papel crítico de movimentar assuntos necessários na sociedade. “Eu espero também que seja um centro de referência de história e cultura. Ainda é difícil para as crianças negras se identificarem, ter um espaço de convivência, etc.”, completa.
Atual primeira secretária da ACB, Thais Santos, diz que é uma alegria fazer parte do novo momento da Sociedade. “É fazer com que a história não morra, é fazer com que essa luta dos antecessores seja válida”, afirma.
Atuando há 35 anos na Associação, Elizabeth Milanez, conta que iniciou participando das festas. “Depois quando foi demolido (o prédio) o meu marido veio para ajudar a levantar e eu não sai mais”, comenta. Segundo ela, a ACB é como uma filha e a considera como um local de representatividade e resistência da cultura.