Trecho com pavimentação precária está trazendo dores de cabeça para muitos motoristas que utilizam a via pública
Na semana passada, dois motoqueiros derraparam no barro de uma estrada na localidade de Bom Jardim e acabaram acidentados. Não houve ferimentos graves, mas a situação foi consequência de um problema já sentido pelos moradores locais. Sem um bom material de pavimentação, as águas da chuva transformaram o trecho em um amontoado de barro vermelho. Em dias úmidos, o trânsito é um desafio.
“Se choveu, tu não passa ali de jeito nenhum”, conta o proprietário de chácara Glover Faria Dutra. Praticamente todo dia, ele precisa passar por ali, mas há dificuldades. De carro, em uma ocasião, teve de voltar e tentar um caminho alternativo para chegar ao destino. Com caminhão, já quase ficou atolado. Só o que ele pede é que sejam colocadas algumas britas na via, resolvendo o problema.
Maria de Ávila mora em frente ao trecho mais crítico da estrada, em uma subida. Ela lembra que, em dezembro, a Prefeitura passou com uma patrola por ali, o que acabou empurrando as britas existentes para fora da estrada. “Pode ver que, por aí, tem um monte de brita perdida”, demonstra. O fato deixa a situação ainda mais problemática.
Foram as chuvas ocorridas entre domingo e terça-feira que acabaram formando o barro. “A pé não dava pra sair. Teve caminhão que conseguiu passar, mas só com muito trabalho”, conta Maria. O medo dela e do marido é que, caso chova novamente, como o barro já foi “feito” e secou, a água deixe a situação ainda pior, com a estrada intransitável. Diante da situação, a sensação é de descaso com a comunidade do interior. “Aqui, parece que nem tem prefeito”, lamenta.
Joel Adriano da Costa, outro vizinho, já entrou em contato com vereadores e espera uma ação de correção no local o mais breve possível. “Não dá, é só um chuvisqueiro e aquilo já vira um sabão. Aqueles motoqueiros foram só alguns dos que tiveram problema ali”, relata. O assessor especial da secretaria municipal de Viação e Serviços Urbanos, Bruno Zietlow, afirmou que já há ciência do problema em Bom Jardim, mas não apontou uma data específica para os trabalhos corretivos. “Devem iniciar em breve”, resumiu.