A Semana Nacional da Agricultura Familiar, instituída em 2018 através de Lei Federal, encerra nesta sexta-feira, 29, mantendo abertas discussões a respeito deste setor fundamental. A busca por políticas públicas de fortalecimento é constante, visando a modernização de produção e de comercialização, além de enfrentamento de mazelas criadas por crises e intempéries do tempo.
Dados oficiais mostram que a Agricultura Familiar ocupa, hoje, apenas 23% das terras brasileiras agricultáveis. Mas, em contrapartida, produz 70% da comida que chega todos os dias a mesa da população. Em nível mundial, a FAO – braço das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura, 80% dos alimentos consumidos no mundo são fruto do trabalho de mulheres e homens do campo em pequenas propriedades.
Voltada cada vez mais à produção ecológica, e por intervir em menor escala, representa ainda importante sistema de defesa do Meio Ambiente e dos recursos naturais. E talvez passe desapercebido, mas a culinária dos colonos tem importante valor cultural, ao preservar costume e saberes tradicionais.
Segundo dados do IBGE, 716.000 gaúchos são pequenos agricultores, com equivalência de 80% das 293.000 propriedades rurais, mas em apenas 25% do território do Rio Grande do Sul. E basta olhar para o Vale do Caí para confirma a informação da Fetag que o setor impulsiona a economia de 90% por dos municípios de até 20.000 habitantes.
O valor do seguimento para a Nação revertido em números está na carta aberta entregue nesta quinta-feira, dia 21, pela Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul) ao governador Ranolfo Vieira Júnior. Segundo seu presidente, Carlos Joel da Silva, o intuito é reafirmar a importância estratégica do setor no combate à fome e à pobreza. A proposta é manter as atuais e criar novas políticas de estado que dê ao agricultor condições para ser ferramenta de redução da vulnerabilidade social.
Em Montenegro
Atualmente, o município possui 2.595 inscrições no cadastro Talão do Produtor Rural da Prefeitura. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ernesto Kasper, alerta que, no entanto, este número é passível de interpretação, pois “em uma propriedade pode ter mais de uma inscrição”.