Gripe Aviária: força-tarefa mostra capacidade

SOB CONTROLE. Equipe fica mobilizada até 18 de junho para cumprir protocolo

Iniciada em 16 de maio, um dia após confirmação em laboratório do foco de Influenza Aviária em Montenegro, a força-tarefa deve encerrar apenas em 18 de junho. Ela iniciou com 85 servidores apenas da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi) no Centro de Operações instalado do Cetam (Centro de Treinamento de Agricultores de Montenegro) da Emater, sendo reduzido gradativamente conforme avança o Plano de Contingência de Influenza Aviária no entorno da granja comercial, na Rua Nova.

Nesta quinta-feira, 29, estavam 34 da Seapi; além de 03 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); 30 da Brigada Militar; 05 da Prefeitura e 06 cedidos pelo setor produtivo. A fiscal estadual agropecuária, veterinária Alessandra Krein, garante que este efetivo é suficiente para cumprir as atividades atuais; e reitera que ficarão pelos 28 dias estipulados no protocolo para encerramento de um caso.

Isso inclui a Vigilância Agropecuária em campo vistoriando as propriedades rurais, e que na quinta-feira entrou no 5º ciclo na Área de Foco (raio de 3 km), e no sábado, 31, iniciará o 3º na Área de Vigilância (10 km). Mas Alessandra observa que essa rotina também pode ser alterada, ou mantida, dependendo dos resultados da operação.

Uma decisão como essa é baseada nas avaliações que a força-tarefa realiza duas vezes ao dia: antes da saída e no retorno dos servidores das quatro barreiras sanitárias e das duas equipes da Vigilância. Cada dia de operação resulta em relatório que é transmitido online. “A gente se reporta diariamente ao Ministério da Agricultura”, destaca. Este contato é através de reunião virtual do Coezoo (Centro de Operações em Emergência Zoosanitária), quando discutem o que foi e o que será implementado para contingência do foco.

Experiências fortalecem a reação

Alessandra concorda que os olhares do mundo estão voltados ao Cetam Montenegro, tendo o foco sido reportado à Organização Mundial de Saúde Animal. “Periodicamente eles precisam ser atualizados de como anda esse evento”, diz. Ela assinalou que a estrutura do Cetam é fundamental à força tarefa, que instalou nas dependências refeitório, laboratório, dormitório e almoxarifado; estrutura que em outro local teria quer ser erguida do zero.

Quanto à contaminação na granja da Vibra, a fiscal explica que a investigação epidemiológica ainda não foi conclusiva, com a forte probabilidade de ter sido por meio de ave silvestre. Inclusive na quarta-feira, 28, o laboratório confirmou a contaminação de um pássaro João-de-Barro, encontrado morto na Vendinha. Mas o caso positivo não representa novo foco, pois ocorrências com aves silvestres se encerram nela própria. A médica veterinária reforça a recomendação, para granja e criação de subsistência, de evitar colocação de ração onde pássaros livres tenham acesso.

Alessandra concorda que os focos de Montenegro e Anta Gorda (New Castle em 2024) somam experiência aos técnicos da Seapi, ampliado a capacidade de enfrentamento aplicada, e que foi elogiado pelo da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. “Tentamos sempre ser o mais rápido possível e atuar com presteza, porque sabemos que o início do foco é o momento mais importante para conseguir debelá-lo”.

Até quarta-feira 4.025 veículos haviam sido abordados e desinfetados nas vias. Foto: divulgação/ Seapi

Nota técnica de biosseguridade nas granjas
O Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal divulgou a Nota técnica DSA 003/2025 que reitera a importância do reforço das medidas de biosseguridade em todas as granjas avícolas comerciais. São elas: restrição do acesso de visitantes às granjas; reforço dos protocolos de higiene para ingresso de pessoas e veículos, como troca de roupas e calçados, e realização de desinfecção adequada dos veículos com acesso à propriedade; revisão da integridade das telas antipássaro, passarinheiras, cumeeiras, portões e cercas dos galpões para impedir o contato das aves de produção com outros animais; manutenção de reservatórios de água e silos de ração limpos e bem vedados; não permitir o acesso de aves de produção a piquetes sem telas na parte superior, conforme determina a Portaria Mapa nº 782/ 2025.

*ocorrência de mortalidade igual ou superior a 10% das aves alojadas em um período de até 72 horas, assim como o surgimento de sintomatologia respiratória, neurológica ou digestória deve ser imediatamente notificada, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária mais próximo, ou através do whatsapp (51) 98445-2033.

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