Industrial pede instalação de academia ao ar livre

Pela cidade já existem três locais com equipamentos do tipo, mas eles sofrem com o vandalismo e o mau-uso

Cristiano Braatz (MDB). foto: Acom/Câmara

O vereador Cristiano Braatz (MDB) protocolou na Câmara uma indicação à Prefeitura para a instalação de uma academia ao ar-livre na pracinha do bairro Industrial. A sugestão aponta a colocação na Rua Otaviano Moojen, próximo da beira do Rio, onde já existem brinquedos para crianças que foram instalados há alguns anos.

“Vai muita mãe e criança ali e falta essa academia. Esse é um pedido nosso já desde a campanha”, conta o vice-presidente da associação de moradores do bairro, Elton Haag. Foi a união dos vizinhos que fez chegar a solicitação no vereador. “Eu sempre tive essa preocupação em fomentar o esporte, então fiz essa indicação já estimulando que isso ocorra em outros bairros”, explica Braatz.

CENTENÁRIO
A primeira a ser construída e a mais completa, a academia do Parque é a mais desgastada pelo mau uso e o vandalismo. Todos os equipamentos têm algum problema. São barras arrancadas, pedais quebrados e um dos aparelhos, hoje, só tem a base para lembrar de sua existência. Atualmente, usar a estrutura para exercícios é difícil e até perigoso.

O pedido não gera nenhuma obrigação para a Prefeitura, mas trata-se do registro oficial da reivindicação da população. “O Industrial necessita de um espaço de lazer. É um povo que precisa de mais qualidade de vida e uma academia dessas começa a estimular a busca por uma vida saudável”, completa o vereador. Mesmo sendo uma área de inundação, ele não vê impedimentos para a instalação, já que os brinquedos da pracinha estão se mantendo conservados, apesar da umidade.

Pela cidade, já existem três pontos que possuem academias ao ar livre: o Parque Centenário; a Praça São Pedro, no Timbaúva; e uma pracinha no Santa Rita, às margens da Avenida Júlio Renner. Foram investidos mais de R$ 46 mil para a aquisição e instalação em 2012. No caso do Timbaúva, até abaixo-assinado havia sido feito para que os equipamentos fossem incorporados à pracinha local.

SANTA RITA
A academia nunca foi completa. Instalada só com três aparelhos, ela também está bastante danificada. Barras já foram arrancadas em um dos equipamentos e, em outro, o suporte que permitiria a realização do exercício já não existe mais. Tudo está bastante enferrujada e a impressão é que a estrutura está totalmente abandonada.

Seis aparelhos foram instalados no Centenário, três no Santa Rita e dois no Timbaúva. Já incompletos, eles ainda convivem diariamente com o mau uso e o vandalismo de parte da população. A academia do Parque é a mais afetada. Um dos equipamentos foi até arrancado e, hoje, só a sua base existe. “É uma falta de respeito. A gente dá as coisas para a comunidade e tem sempre alguém que destrói”, lamenta o diretor de Desporto – setor da Prefeitura responsável pelo esporte – Leandro Orth.

Para o vereador Cristiano Braatz, além dos vândalos, têm pais que levam seus filhos para “brincarem” na academia. “Eu mesmo já presenciei alguns deixando os filhos brincando nos aparelhos, que são para se exercitar”, conta. Ele reforça uma sugestão de muitos usuários conscientes dos equipamentos, que pedem o acompanhamento de um preparador físico ou – a exemplo das academias de outras cidades – a existência de algum cartaz com instruções de uso.

Academias de Saúde não foram compradas em 2016

TIMBAÚVA
Talvez por se tratar de um pedido da comunidade, a partir de um abaixo assinado, a academia ao ar livre do bairro é a mais conservada das três. Ela é, no entanto, formada por apenas dois equipamentos. Os únicos problemas são a ferrugem e o desgaste da pintura, que apontam a falta de uma melhor manutenção. Os dois aparelhos funcionam.

Em 2016, chegou ser aberto um crédito especial na Câmara de Vereadores para a construção de Academias de Saúde nos bairros da cidade e até no interior. O texto previa recursos de R$ 100 mil, que seriam repassado pelo Ministério da Saúde dentro de um projeto voltado à saúde e à qualidade de vida dos idosos.

A ideia nem chegou a evoluir para o processo licitatório, sugerindo que o repasse não foi efetivado. Para o futuro – e diante da solicitação no Industrial – a Diretoria de Desporto não descarta novas academias ao ar livre.

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