Fundador da rede Lebes palestrou na programação de aniversário de Montenegro
Dentro da programação dos 144 de Montenegro e da Semana dos Microempreendedores Individuais, a Prefeitura trouxe a palestra de Otelio Drebes, fundador das Lojas Lebes. Durante mais de 1 hora, na noite de quarta-feira, ele transmitiu seu exemplo de vitória baseado no tripé sonhos, criatividade e perseverança. Um público aproximado de 300 pessoas lotou o CTG Os Lanceiros para ouvir como o filho de agricultores abriu um secos e molhados e depois transformou-o em uma rede com 140 lojas.
“O povo me passa muita energia, muita felicidade”, disse a respeito desta nova fase de sua vida. Ao Ibiá, contou que em seu aniversário de 82 anos, em 2016, resolveu se desafiar e decidiu tornar-se palestrante. Na verdade, o melhor do estado. No palco, cativou com sua alegria, recordando que sua trajetória começou quando, aos 13 anos, vendia pelas ruas de São Jerônimo as rapaduras que sua mãe fazia.
Foi seu primeiro case de sucesso, ao enfrentar a concorrência de outro menino, que vendia o produto 20 centavos mais barato. Ao contrário do conselho de sua mãe, para que baixasse seu preço, Otelio melhorou a qualidade da rapadura e passou a levar consigo pedaçinhos para degustação dos clientes. “Em 4 meses terminei com o concorrente vendendo mais caro”, declarou.
O dono da Lebes acreditar que simplesmente baixar o preço pode ser um caminho sem volta. A felicidade do empresário para falar de um assunto tão sério como o empreendedorismo no Brasil contagiou. Essa mesma alegria fez o filho de agricultores erguer um império varejista, sem se preocupar com dificuldades de mercado.
Questionado pela reportagem, disse que para ele não existe crise, existe é momento de oportunidade. Otelio garante que agora é hora de investir, como fez a Lebes que inaugurou 13 filiais no ano passado. Pois, passado esse momento difícil, sobrarão apenas aqueles realmente bons, que irão decolar com tudo.
Sobre a quinada que deu nos negócios, contou que um dia sua irmã, costureira, disse que roupas dão margem de lucro de 60%. Ele tirava 25% com gêneros alimentícios. Então resolveu abrir um departamento em seu mercado, onde se baseou naquilo que os personagens das novelas usavam. “Dancing Days me deu muito dinheiro”, brincou.
Com essa ideia na cabeça partiu para São Paulo e voltou carregado de itens. Com o tempo percebeu que era pouco atrativo colocar esses produtos dobrados em prateleiras, sendo que afirma ter sido o primeiro a pendurar roupas em exposição. Para isso pegou um cabo de vassoura e suspendeu com cordas.
Mais tarde, inspirado pelo supermercado Zaffari da Bordine, em Porto Alegre, colocou todo tipo de mercadorias no seu estabelecimento. Mais tarde o sucesso desta decisão levou a retirar os alimentos da grade de negócios. Assim elevou o armazém a império varejista, tratando o cliente pelo nome, olhando no olho e nunca desistindo. “O que o consumidor compra é o valor percebido por ele”, ilustrou.
