Grupo propõe ações contra o abuso sexual infantil

Até abril foram registradas oito denúncias de violência sexual contra crianças, mas no ano passado foram 34 casos

Seguindo com a programação da Semana Municipal de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (Concrad) promoveu uma roda de conversa na tarde dessa quarta-feira, dia 15, no Espaço Baskem, na Estação da Cultura.

Com a Rede de Apoio, formada pelo Conselho Tutelar, Promotoria Pública, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Polícia Civil, foram apresentados dados sobre abusos e violências contra crianças e adolescentes, além de uma análise das ações desenvolvidas e formas de o trabalho da equipe ser melhorado.

Outro objetivo do encontro foi criar uma carta de apoio que será encaminhada aos órgãos públicos para instalação de um Centro de Referência no Atendimento Infantojuvenil  (CRAI) em Montenegro. A intenção é tornar mais rápidos os processos de identificação dos abusos sexuais infantis.

Atualmente, os menores com suspeitas de abuso são levados até Porto Alegre e há casos em que o atendimento é remarcado para quatro meses após a ocorrência. Durante o debate, pensou-se em um engajamento regional para o projeto a fim de dar consistência à proposta.

Casos suspeitos chegam a 34 em Montenegro
Conforme o levantamento do Conselho Tutelar de Montenegro, em 2017 foram 34 casos suspeitos de abuso sexual contra menores. De janeiro até abril deste ano, são oito ocorrências registradas pelo conselho. As confirmações dos laudos para esses crimes são divulgadas somente para o Ministério Público e à delegacia de polícia onde foi realizado o registro.

Como funciona o processo de denúncia
O processo de denúncia contra estes crimes funciona por meio de registro no Conselho Tutelar, sendo encaminhados para a confecção de boletim de ocorrência (BO) na Polícia Civil. Assim, a criança é encaminhada para exames no CRAI e, após esses procedimentos, recebe acolhimento psicossocial do CREAS.

Finalizado o acompanhamento anterior, caso necessite de terapia ou fortalecimento de vínculo, a criança pode ser atendida na Secretaria da Saúde ou no CRAS, respectivamente.

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