DO CAMPO. Espaço duplica o número de expositores e variedades de produtos
Entre os dias 23 e 25 de outubro acontece a edição 2024 da ExpoACI, feira de negócios que se consolidou no calendário de eventos de Montenegro, e também no gosto da comunidade, atraída por serviço, produtos e atrações. Entre essas, a Feira da Agricultura Familiar está se consolidando como preferência, tanto que em sua terceira participação já terá o dobro de tamanho.
O chefe do Escritório da Emater-Ascar/RS, Everaldo Vinício da Silva, informou haverá estandes de 20 famílias de agricultores, dos quais 01 floricultor, 02 artesãos e 17 agroindústrias. Em 2022 e 2023 a Feira teve 10 agroindústrias. “Para este ano conseguimos recursos do Estado para patrocinar a feira, o que nos garantiu um espaço maior e melhor localizado dentro da ExpoACI”, comemora. Essa iniciativa foi realizada em parceria com a entidade, por meio do vice-presidente, Fabrício Coitinho.
A participação foi limitada as agroindústrias inclusas no PEAF (Programa Estadual de Agroindústria), com garantia de variedade de produtos, desde os tradicionais pães e cucas, geléias variadas, linguiças, queijos e doce de leite; até cachaça, rapadura e vinho. Destaque ainda iogurtes, chips de banana, biomassa de banana verde e nozes.
Representatividade também em termos de região, com produtores de 13 municípios expondo: Pareci Novo, Estrela, Alto Feliz, Arroio do Meio, Montenegro, Lajeado, Teutônia, Anta Gorda, Ilópolis, Bento Gonçalves, São Sebastião do Caí, Feliz e Novo Hamburgo. Os convites foram feitos pela equipe municipal da Emater, com base em inscrições realizadas previamente para a seleção de participação no evento.
Agricultores fazem parte da ExpoACI
O atual presidente da ACI Montenegro/ Pareci Novo, João Batista Dias, lembra que na primeira exposição em sua gestão verificou a necessidade de ampliar o espaço à Agricultura Familiar, em paralelo ao crescimento da ExpoACI, que passou para a ser realizada no Colégio Sinodal Progresso. Ele ressalta a visão da Associação de fomentar o desenvolvimento da economia geral e em nível Vale do Caí. “A gente sabe que a região ainda é muito Primária (setor econômico). Então chamamos a Emater, que tinha um evento anual na cidade, para fazer isso dentro da ExpoACI”, recorda.
Esta é uma parceria lucrativa para ambos, com o evento concentrando grande público, o que dá visibilidade aos agricultores, que por sua vez, através de seus produtos, ampliam a circulação de visitantes entre todos os expositores. Inclusive, Dias observa que a presença da Emater é exceção de um não associado, mas importante ao trazer a Agricultura Familiar da região para, além de vender, adquirir conhecimento por meio da troca de experiências com outros empresários. “Está muito alinhada com o ideal da Associação Comercial, que é trabalhar pelo desenvolvimento da região. Com certeza, hoje eles (agricultores) já fazem parte da ExpoACI”, finaliza.
Critérios
Para as agroindústrias
– estar incluso no PEAF, cumprindo todos os requisitos fiscais, ambientais e sanitários (para desempate foi levado em conta questões referentes a diversidade de produtos).
Para a Agricultura Familiar
– ser Agricultor Familiar na forma da lei e se inscrever para comercializar artesanato rural ou plantas ornamentais conforme preconiza a SDR para a participação em feiras.
Expectativa para conhecer consumidores do Caí
Essa expansão da Feira oportuniza ao consumidor conhecerem produtos variados da Agricultura Familiar Gaúcha. Estreante no espaço da ExpoACI, o Sítio Amigos da Terra trará de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, laticínios e padaria orgânicos. “Produzimos leite, iogurte, nata, doce de leite, pães, cucas, chips fritos e biscoitos. Todos com certificação orgânica”, avisa a empreendedora Denise Bárbaro da Rosa.
A primeira vez na feira em Montenegro despertou boa expectativa na família. “Pois acreditamos que tenha um público consumidor de produtos integrais e orgânicos, e assim conseguiremos ampliar nossas vendas”, projeta Denise.
Também estreante, a Agroindústria Furlanetto virá de Anta Gorda, no Vale do Taquari, com Noz Pecã cultivada e beneficiada pelo núcleo familiar pai e mãe José Ademar Furlanetto e Marilene Thomazi, e as filhas Leticia e Maria Tereza. “Plantamos há bastante tempo! O pomar começou com meu avô, Octávio Furlanetto, mas somos uma agroindústria jovem ainda”, revela Maria.
São apenas 02 anos da Furnalleto, com produto in natura, salgadas, agridoces, caramelizadas e caramelizadas com café. “Essa é uma excelente forma para aproximar o produtor rural e o público da cidade”, declara sobre a ExpoACI. Nestas feiras, salienta, o pequeno agricultor sai da propriedade para apresentar um produto mais artesanal a um público novo e cada vez mais exigente com relação ao que consome. “Sem contar a oportunidade de negócios futuros que podem gerar”, observa Maria.