SOFRIMENTO. Corsan Aegea acredita em vazamento subterrâneo na rede
Desde a quinta-feira, dia 13 de fevereiro, diversos moradores do bairro Santo Antônio, sobretudo da região mais alta, sofrem sem água nas torneiras. O relato do professor Fabio Juliano Motta de Souza chegou ao Ibiá na manhã da segunda-feira, 17, enquanto levava água mineral para preparar almoço. Às 16h30min daquela tarde, o abastecimento ainda não havia sido restabelecido, enquanto Ibiá e comunidade esperavam qualquer explicação que fosse da Corsan/Aegea.
“É inadmissível estarmos constantemente sofrendo com esse descaso da Corsan”, desabafou o morador. Ele revela que essa é uma constante no bairro, mas que desta vez extrapolou qualquer prazo, Na casa de Souza há reservatório de 500 litros, o que possibilitou executarem as necessidades básicas, todavia, apenas até o domingo. “Para a limpeza dos pisos e calçadas no final de semana usamos a água da cisterna”, explica.
Contudo, as roupas sujas ficaram acumuladas na área; e a partir da manhã do dia 17, quando os reservatórios secaram, a família de três pessoas ficou totalmente no seco. Ele lamenta ainda mais pelos vizinhos que não possuem reservatório, trazendo relato de higiene pessoal sendo feita com água da chuva que caiu naquela noite.
Questionado pela Corsan/Aegea, por meio do Ibiá, Souza informou três números de protocolo de atendimento que realizou. Em atenção às reclamações, no domingo uma equipe de trabalhadores com companhia privada teria apenas feito uma averiguação no endereço (rua Augusto José Motta esquina com a Getúlio Vargas).
Protestos no Facebook
Ao longo da segunda-feira, as denúncias se multiplicaram nas redes sociais. Em grupos na rede social Facebook, um usuário descreveu: “uma semana sem água no bairro Santo Antônio. Não tem água para o básico, lavar louça, roupa, tomar banho. É um desrespeito sem tamanho da Corsan com a comunidade. Moro há anos aqui e frequentemente ficamos dois ou três dias sem água”. Este morador revela ter recebido o fator Geografia como justificativa, por estarem na parte mais alta do bairro.
Na mesma página, outra moradora também informava que já enfrentava uma semana sem água. “Mal sobe nas torneiras… não dá nem para ligar o chuveiro ou lavar roupas. Estão de brincadeira Corsan! Sexta já chegou a conta, mas águas nas torneiras não”, escreveu. “A Corsan foi privatizada! As tarifas aumentaram e o serviço só piorou”, contribuiu outro internauta, sobre a situação enfrentada.
Corsan Aegea procura vazamento
As 16h55min da segunda-feira a Corsan Aegea, através de sua assessoria de imprensa, respondeu à reportagem. Segundo a empresa, suas equipes estariam trabalhando no bairro Santo Antônio para identificar a causa da oscilação ou interrupção no fornecimento de água na região. “A suspeita é de um vazamento oculto, que não chega à superfície e por isso não fica aparente”, diz o texto.
Ela segue explicando que, para fazer essa busca, os técnicos estão utilizando o geofone, uma espécie de ultrassom que emite sinais sonoros quando localiza escoamentos subterrâneos de líquidos. Depois que o vazamento é identificado e consertado, a distribuição de água é restabelecida gradualmente.
A empresa ressaltou que está permanentemente disponível nos canais de relacionamento com os clientes e recomenda que a população utilize esses meios de contato para solicitações. Podem ser utilizados o WhatsApp (51) 99704-6644, aplicativo Corsan (disponível nas versões Android e IOS), site corsan.com.br (na Unidade de Atendimento Virtual) e ligações gratuitas pelo 0800.646.6444.