SEMANA SANTA. Piscicultores se recuperam após catástrofe e calorão
A Feira do Peixe Vivo de Montenegro encerrou na quinta-feira, dia 17, mas ainda pode haver alguns pontos com venda até o meio-dia desta Sexta-feira Santa. Ela iniciou na quarta-feira, dia 16, momento a partir do qual o movimento de clientes não parou nos 12 pontos de comercialização pública. Segundo o extencionista da Emater/ Cetam, Gustavo Krahl de Vargas, a expectativa é superar 12 toneladas.

“A comercialização está muito boa, com excelente procura já no primeiro dia! Como de costume, a maior procura está sendo pela Carpa Capim”, salientou. Segundo Vargas, os piscicultores ofertaram peixes com peso acima do esperado, apesar dos problemas climáticos dos últimos dois anos. Na catástrofe de maio de 2024 houve rompimentos de açudes e no verão de 2025 calor acima da média, o que reduziu a quantidade.
“Mas a qualidade apresentou melhora, principalmente no peso e tamanho, e das espécies filtradoras, Carpas Prateada e Cabeça Grande, e também a Tilápia”, explica. Um fator positivo ao resultado é a qualidade da água devido as chuvas favoráveis na primavera, o que manteve em bom nível e qualidade os viveiros.
Há oferta de Carpas e Tilápia
Em Montenegro há 20 piscicultores da Agricultura Familiar, conforme número da Emater, dos quais 12 estão nesta Feira do Peixe Vivo. Novamente instalado na Praça do Telecentro, no Timbaúva, Jair Sarmento projetava vender tudo até o início da noite de quinta-feira. Sobre os efeitos climáticos, afirma que a Carpa Capim foi a única afetada com redução do tamanho, enquanto a Prateada revelou melhor adaptação.
Integrante da AMOP (Associação Montenegrina dos Piscicultores), Cristina Pohren, também assinalou à possibilidade da oferta terminar na quinta-feira. “Com a enchente, muitos perderam peixes, então acredito que não terá tanto para vender na sexta-feira”, alerta a piscicultora da Estrada Morro Montenegro. Sua família está com tanques na Praça dos Ferroviários, onde já venderam mais de 400 quilos de Carpa.
