Comércio de flores é tímido na véspera de Finados

O ato de oferecer flores aos entes queridos que já partiram é um costume antigo e não está relacionado com cultura ou religiões específicas, mas sim com um recomeço, uma vida nova. Por isso é extremamente comum que as pessoas visitem aqueles que já se foram, nos cemitérios, levando consigo flores. Essa iniciativa aumenta significativamente no Dia de Finados. Em Montenegro, nessa época do ano é comum a venda de flores em frente ao Cemitério Municipal.

Agnaldo Giovani da Silva afirma que a expectativa de venda neste ano será fraca

Há pelo menos 40 anos, a família de Agnaldo Giovani da Silva vende as flores no local. Para ele, o movimento antes do feriado é fraco. E a expectativa de venda também vai ser menor. “O tempo não está ajudando muito, a nossa expectativa é que possamos vender o que a gente comprou. Ano após ano diminuímos a margem. O preço das flores sobe, mas não conseguimos repassar esse aumento para os consumidores.”

Para Marlene Simas Dullius, o clima da cidade nos últimos dias não está colaborando com o comércio. “A chuva atrapalha, não só pelas flores, mas também porque as pessoas precisam se deslocar até aqui, e acabam se molhando. Mas o movimento aumenta bastante mais perto do feriado.”

De acordo com os vendedores ambulantes, na hora da compra, o público é diverso, embora os idosos costumem ser maioria. O aposentado Olirio dos Santos é um exemplo. Todo ano, ele visita o cemitério com a esposa e compra flores para seus entes queridos. “Já é um costume da gente, todo ano viemos.”
Os crisântemos são as flores mais procuradas nas bancas. O preço médio de um arranjo da flor se manteve o mesmo do ano passado. Arranjos pequenos, médios e grandes saem por R$ 10, R$ 15 e R$ 20, respectivamente.

Olírio e Iraci dos Santos compram flores para homenagear seus entes queridos todo ano.

Apesar do simbolismo, as flores naturais também disputam espaço com flores artificiais. Allan Braun, dono de uma floricultura, afirma as flores artificiais tendem a serem mais duráveis. “Ela é uma flor mais limpa, a durabilidade dela é maior. Tem a questão do mosquito da dengue também, que a Prefeitura pede para não colocar lá evitando o foco do mosquito. Mas a escolha é bem sortida, não há uma escolha definida.”

Para Marlene Dullius, a chuva atrapalhou até o deslocamento das pessoas até o cemitério.

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