Apesar da circulação simultânea de informações sobre gripe aviária e do aumento de atendimentos por síndromes gripais em Montenegro, a Vigilância Epidemiológica do município esclarece que não há relação entre os dois cenários. A secretária municipal de Saúde, Andréia Coitinho, e a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Patrícia Barros, destacaram que a gripe aviária segue restrita ao ambiente animal e que os casos registrados na cidade são de influenza humana, como o H1N1. “A gripe aviária é uma doença que está restrita aos animais. Não há risco para a população. Todas as medidas de contenção foram tomadas pela Secretaria de Agricultura do Estado, incluindo o extermínio dos animais doentes e a instalação de barreiras sanitárias”, explicou Patrícia.
A vacina contra a gripe —disponível para toda a população — protege contra os vírus comuns da influenza, como o H1N1, mas não protege contra a gripe aviária, pois são vírus distintos. “A influenza aviária é uma coisa, e o vírus da gripe que está circulando agora, como o H1N1, é outro. É apenas uma coincidência estarmos enfrentando os dois assuntos ao mesmo tempo, mas não há nenhuma ligação entre eles”, enfatizou Andréia.
A Secretaria de Saúde de Montenegro alerta para o aumento no número de atendimentos nas unidades básicas de saúde devido à circulação do vírus da influenza. A tendência é comum neste período do ano, mas foi agravada pela baixa adesão à vacinação no início da campanha. “Este ano os sintomas gripais chegaram mais cedo. Já estamos em maio e os casos aumentaram, mas ainda há tempo para prevenir formas graves. Por isso, é fundamental que a população aproveite que a vacina está liberada para todos e se vacine”, reforçou a secretária.
As ações de vacinação seguem intensificadas, com pontos como a UBS Centro e a sede da SMS disponíveis para aplicação da vacina. “As pessoas estão começando a entender a importância da vacinação, mas ainda precisamos que mais pessoas procurem se proteger antes da chegada do inverno”, concluiu Andréia.
Estado decreta emergência devido a casos de SRAG
O governo do Estado decretou emergência em saúde pública com foco na prevenção e enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças. O decreto, assinado pelo governador Eduardo Leite nesta segunda-feira, 19, será publicado no Diário Oficial do Estado na terça-feira, 20. A medida foi adotada diante do aumento expressivo de casos e da demanda nos serviços de emergência, com filas de espera, o que representa elevado risco à população. A secretária da Saúde do Estado, Arita Bergmann, disse que a decisão busca fortalecer a rede hospitalar, com a preparação e disponibilização de leitos de UTI e suporte ventilatório.
Com o decreto, as redes hospitalares que atendem pelo SUS devem priorizar medidas emergenciais para a oferta de leitos clínicos e de terapia intensiva voltados ao atendimento de casos de síndrome respiratória. A validade do decreto é de 120 dias, a contar da data de publicação. De acordo com dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, o Rio Grande do Sul registrou neste ano, até essa segunda-feira, 19, 4.099 hospitalizações por SRAG. Essas internações foram causadas por infecções como influenza (gripe), covid-19, vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros. Do total de casos, 305 evoluíram para óbito. Entre as crianças menores de cinco anos, foram registradas 1.374 internações e dez mortes.
Onde se vacinar
Secretaria Municipal da Saúde (Pediatria) – 7h30 às 18h30
UBS Centro – 7h30 às 18h30
USF1 Germano Henke – 8h30 às 11h30 / 13h30 às 16h30
USF2 Esperança – 13h30 às 15h30
USF3 Industrial – 9h às 11h30 / 13h às 15h30
USF5 Centenário – 8h30 às 15h30
Vigilância em Saúde/Setor de Imunizações – 7h30 às 12h / 13h30 às 16h30