Instituição promove debates sobre o tema e apresentação de dança dos alunos, mostrando que as barreiras da síndrome podem ser superadas
A Escola Nossa Senhora Medianeira (Apae) realiza hoej um momento voltado para a reflexão sobre a Síndrome de Down. A iniciativa é alusiva ao 21 de março, data reconhecida, em 2006, pela Organização das Nações Unidas (Onu) como Dia Internacional da Síndrome de Down. Haverá debates e uma apresentação de dança dos alunos.
A data tem como objetivo dar visibilidade ao assunto e, com isso, reduzir a origem do preconceito, que é a falta de informação correta. Pensando nisso, a escola programou uma ação que contará com a participação de representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMDPED). A intenção é estabelecer um diálogo que esclareça eventuais dúvidas sobre a Síndrome de Down. Será às 10h na própria instituição.
Os pais dos alunos e também estudantes do Colégio Estadual AJ Renner foram convidados a participar. Além de conferir os debates sobre o tema, os participantes irão prestigiar a coreografia intitulada “Dança comigo”, desenvolvida pela professora de dança Nonô Ritter, da Escola Nonô Jazz, e apresentada pelos alunos Cristiano Dorneles e Janaína Santarém.
A diretora da Apae, Naia Sehn, destaca que Cristiano e Janaína possuem grande habilidade para a dança e quem assistir será surpreendido por uma bela mostra desse talento. “Não falamos em limitações e sim em possibilidades. Queremos mostrar as inúmeras possibilidades que cada um deles tem no dia a dia”, conclui.
A Síndrome de Down
A Síndrome de Down foi descoberta em 1862 pelo médico britânico John Langdon Down. Ela se caracteriza como uma alteração genética no cromossomo “21”, que deve ser formado por um par, mas no caso das pessoas com a síndrome, aparece com “3” exemplares (trissomia).
O diagnóstico genético carrega consigo algumas especificidades, como, por exemplo, a cardiopatia – problemas no coração -, presente em aproximadamente 50% dos casos; às vezes problemas de audição e/ou visão; atraso no desenvolvimento intelectual e da fala, dentre outros. Mas são questões pontuais e de saúde, a serem detectadas e tratadas medica e terapeuticamente, de maneira que não definem qualquer prognóstico, ou seja, não é possível prever até onde pode chegar o desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down – assim como das demais pessoas. Elas devem ser estimuladas a terem sonhos e projetos, como qualquer ser humano.