Educação. Crianças pesquisaram e estudaram Braille para desenvolver a ideia, que torna a travessia nas ruas mais segura
Sempre ouve-se aquele velho e indispensável conselho que passa de geração para geração: “Olha para os dois lados antes de atravessar a rua”. Mas, e para quem tem muita dificuladade de ver ou até mesmo não enxerga? Essa é uma questão que não preocupa apenas adultos: quatro estudantes do 5º ano desenvolveram um protótipo de sinaleira para deficientes visuais.
O projeto é da autoria de Julia Buttembender, de 11 anos, Luisa Lima, 10, Henri Cauduro, 10, João Vitor de Almeida Viegas, 10, e Gabriel Cardozo, 10. A idéia surgiu na disciplina de Empreendedorismo e Ética, no Instituto de Educação São José. De acordo com Júlia, o objetivo era fazer algo que pudesse funcionar fora da sala de aula. “A gente pesquisou bastante na internet e vimos que esse serviço ainda não existe. Afinal a sinaleira facilitará a travessia”, diz.
A primeira etapa foi desenvolver a sinaleira. Julia conta que todos precisaram estudar o sistema Braile e que aprenderam a escrever na linguagem. “Foi algo novo para todos. Mas também deu para aprender muito dessa forma”, comenta. Para concluir a proposta, os pequenos contaram com uma ajuda dos pais.
Jaime Büttenbender, pai de Julia, acompanhou as crianças até a rua Osvaldo Aranha, onde testaram como seria o funcionamento do experimento. “Agora vamos procurar alguém que se interesse nesse projeto para torná-lo realidade”, diz. Na prática, a sinaleira vai funcionar através de um sistema interligado ao do semáforo convencional. O pedestre se aproximará do equipamento e ao fazer a leitura das palavras “Aberto” ou “Fechado”, escritas em braille, saberá se pode ou não atravessar.