Adolescentes pesquisam sobre prevenção e tratamento da Aids

Alunas do AJ Renner alertaram sobre a doença na Feira de Iniciação Científica

As estudantes Jaqueline Mendonça Machado, de 16 anos, Jéssica Burgdurff, de 17, e Franciele Mattei Lourenzo, de 16, elaboraram uma pesquisa, em um mês, a respeito da prevenção, contaminação e tratamento vírus da imunodeficiência humana (HIV), conhecido como vírus da Aids. O grupo conta que os meios de comunicação têm publicado vários artigos e entrevistas sobre a doença, o que auxilia na informação das conseqüências.

As estudantes apontam que, apesar de não ter cura, a Aids pode ser prevenida. Jaqueline explica que a doença enfraquece o sistema imunológico, abrindo caminho para outras infecções, que acabam sendo fatais. “Este vírus é traiçoeiro. Ele ataca e vai destruindo os glóbulos brancos, que são as células que fazem a defesa do nosso organismo contra as doenças”, detalha.

prevenir é melhor do que tratar: sexo deve ser feita com responsabilidade. Ao usar o preservativo, você protege a si mesmo e a seu parceiro

Quando o vírus entra no corpo, a pessoa infectada pode desenvolver facilmente doenças como pneumonia, herpes simples, infecções entre outras. Muitos dos sintomas associados a Aids são comuns a várias outras doenças muito mais simples: “Emagrecimento acentuado inexplicável, geralmente uma perda de 4 a 5 Kg por mês; cansaço intenso e prolongado sem razão aparente, durante semanas ou meses; suor intenso; febre moderada ou alta, que persiste por muitos dias seguidos; diarréia persistente; adenopatia, ou seja, aumento de volume de gânglios em várias regiões do corpo; manchas rochas ou violáceas na pele, sendo que tais manchas têm consistência mais endurecida que a pele e causam dores; e lesões esbranquiçadas na boca, tipo afitas”, diz a estudante.

O que é feito em Montenegro?
De acordo com a assistente social da secretaria municipal de Saúde, Ana Paula Martins, Montenegro possui o programa municipal de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’S/Aids). Dentro do programa existem ações de tratamento e prevenção. “Para diagnóstico são realizados atendimentos e exames, como, por exemplo, testes rápidos (HIV – Sífilis e Hepatites Virais). A partir do diagnóstico, a pessoa é encaminhada, caso for necessário, para tratamento com atendimento de equipe multidisciplinar – médico, enfermeira e equipe de apoio – serviço social, farmacêutico, nutrição e psicologia”, explica.
No caso do HIV+ o paciente é incluindo no fluxo de atendimento do programa, que prevê monitoramento contínuo do tratamento, que consiste, além do atendimento com equipe, na realização de exames laboratoriais, incluindo carga viral e CD4 e genotipagem. Toda a medicação necessária é fornecida pela farmácia municipal.

Existe a distribuição gratuita, em todos os postos, de preservativos femininos e masculino, além de material educativo. “Uma enfermeira e uma assistente social também realizam trabalho de educação e saúde através de roda de conversa e palestras em escolas, empresas e grupos da sociedade civil organizada, objetivando a informação e sensibilização sobre a temática IST/AIDS”, conta Ana Paula. Para solicitar o serviço é necessário agendamento prévio pelo telefone 3632-3102, ramal: 233, ou via e-mail dst.aids@montenegro,rs.gov.br.

Também são realizadas campanhas informativas junto à comunidade em datas alusivas como no caso do HIV, no dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, carnaval e dia dos namorados. A equipe de IST/AIDS também realiza capacitação dos grupos de trabalho em saúde do município.

como o vírus é transmitido
Relações Sexuais: O vírus da AIDS pode ser transmitido durante o ato sexual sem a proteção de camisinha.
Sexo anal: Essa é uma forma muito perigosa de transmissão, pois vírus penetra mais facilmente no organismo. Durante a penetração, a pressão exercida pelos músculos do ânus no pênis é muito grande e provoca irritações, esfolamentos e micro rompimento das mucosas e do tecido peniano, permitindo o acesso do vírus HIV na corrente sanguínea.

Sexo oral: O risco maior é para a pessoa que participa como ativa, ou seja, com a boca, indiferentemente se homem ou mulher.
Agulhas ou seringa de injeções contaminadas: As injeções na veia ou no músculo, com seringa ou agulha contaminada, é mais uma forma de contágio. No caso de usuários de drogas injetáveis, se uma pessoa soropositiva compartilhar a mesma agulha ou seringa com outras pessoas poderá contaminar as demais.

Transfusão de sangue: Cuidado, uma pessoa pode se contaminar durante uma transfusão de sangue ou recebendo hemoderivados infectados. É muito importante saber se o mesmo foi devidamente testado por exames antivirais antes da transfusão, porque além do HIV, o sangue pode conter uma grande variedade de outros vírus como hepatite, sífilis, herpes, entre outros.

Contaminação Perinatal: Trata-se da transmissão do vírus de mãe contaminada para o filho, o que aumenta a mortalidade infantil por causa da AIDS. A contaminação chamada perinatal, pode acontecer durante a gestação, no momento de parto ou através do aleitamento.

Contaminação por acidente de trabalho: Ocorre com profissionais da saúde (médicos, enfermeiras, pesquisadores, pessoas que trabalham em laboratórios de análises clinicas) no desempenho de suas funções. A incidência maior de acidentes é com instrumentos de perfuro cortantes infectados.

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