Na manhã deste sábado, 2, cerca de 50 cavalarianos subiram rumo ao alto da Cruz das Almas, na localidade de Fortaleza, durante a 2ª Cavalgada da Paz, que acontece na Semana da Paz. Com cena digna de novela, todos se colocaram em frente à cruz e Flávio Patrício Vargas comandou uma palestra sobre a Revolução Farroupilha. Ele relembra que no solo onde estavam pisando, foi local do combate do Morro da Fortaleza acontecido no dia 13 de julho de 1837, quando Montenegro ainda era chamado Faxinal.
Flávio saudou o valoroso capitão Joaquim Alves Fanfa, que entregou sua vida “peleando” contra os adversários. Segundo ele, quando estava prestes a derrotar o rival Francisco Pedro Buarque de Abreu, mais conhecido como Moringue, com golpe de espada, Demetrio Garcia, morador de Fortaleza, o atirou pelas costas. Flávio conta que do combate, ficaram para trás 20 mortos, 4 feridos e 7 prisioneiros.
Para ele, a cavalgada é fundamental, por retratar momentos gloriosos do Rio Grande do Sul. “Esses cavalos, que hoje conduzem nossos cavaleiros, foram os mesmos cavalos que no passado conduziram aqueles heróis que viveram e morreram nos campos de batalha. Isso nos empolga e nos traz um orgulho muito grande, principalmente de sermos gaúchos e termos nascido nesta terra maravilhosa”, enfatiza.
O coordenador da 15ª Região Tradicionalista, Edgar Barnasque, explica que a Semana da Paz foi instituída pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho em 1997 para celebração da paz de Poncho Verde, portanto, o fim da Revolução Farroupilha. “Que Bento Gonçalves galope de novo e fortaleça este povo através da união. Reviva o brado de tantas vitórias, justiça e glória sem lança na mão”, destaca. Gonçalves foi um dos maiores líderes da Revolução.
João Silveira, patrão do CTG Acácia Negra, esteve presente durante a organização e realização do evento. Ele destaca que a Cruz das Almas é um marco histórico da revolução. “Trazer os cavalarianos para cá, muitos que não conheciam este marco, simboliza a nossa história, cultura. Isso faz parte da nossa formação como gaúcho. Fazer este evento nos alegra muito”, afirma. O patrão adianta que é de grande interesse que mais eventos como este ocorram. “Certamente não será a única cavalgada, terão outros eventos até a Cruz das Almas, porque é um símbolo para Montenegro, para a 15ª RT e para o Estado. Cabe a nós continuar com essa história, contando o que aconteceu”.
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