Voleibol como agente de desenvolvimento pessoal

Conheça as histórias de Marina e Faby, que através do vôlei têm novas perspectivas de vida

Com apenas 15 anos de idade, a montenegrina Marina Endres Santos, vem acumulando vitórias e se destacando no mundo do voleibol. Com 1,80m a jovem atua como ponteira na Associação Balneário Camboriu (ABC) desde o segundo semestre de 2021, e nesse pequeno período já obteve resultados muito importantes para a sua carreira.

Com pai e mãe atuantes no meio do esporte, desde criança Marina teve o incentivo necessário para seguir o mesmo caminho. Através da influência da mãe, a montenegrina acabou adentrando no voleibol. “Desde pequena eu já vivia em ginásios assistindo minha mãe jogar, e também já praticava um pouco em casa com ela. Então quando entrei para a Ginástica de Novo Hamburgo, eu amei, e me apaixonei ainda mais pelo esporte”, conta.

Ao começar o sexto ano do Ensino Fundamental, Marina foi levada pelo pai Henrique para as escolinhas de vôlei da Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo (SGNH), e no ano seguinte já estava federada, como levantadora. Em 2019, a jovem foi convidada e se transferiu para o Sinodal de São Leopoldo, onde aprimorou sua técnica e passou a jogar de ponteira.

Durante esse período, Marina obteve o segundo lugar Série Prata, na Copa Claudio Braga (FGV), segundo lugar Série Ouro no Festival Notre dame Sacada Inteligente, em Passo Fundo e terceiro lugar Série Ouro, no Campeonato Estadual do RS. Todas pela categoria Mirim.

Em outubro de 2020, Marina foi chamada para fazer parte dos treinos da ACB, em Balneário Camburiú, e convidada a ficar no clube para 2021, porém isto se concretizou somente em agosto de 2021, quando ela se transferiu em definitivo para a cidade. Para ela, essa está sendo uma experiência única. “Conseguir entrar para um time como o ABC com apenas 15 anos é uma grande oportunidade para mim, já que me deixa ainda mais perto do meu sonho. Eu tenho só que agradecer aos meus técnicos, Farid e Lucas, pela oportunidade”, fala.

Marina sonha em jogar em times de alto rendimento. Foto: Arquivo Pessoal/Marina Endres Santos

Com moradia, alimentação, transporte, escola, academia e acompanhamento de fisioterapia, Marina conta hoje com a infraestrutura necessária para se desenvolver dentro do esporte. E o resultado é perceptível. No pequeno período do segundo semestre, a montenegrina já obteve resultados importantes, como o vice-campeonato Catarinense, na categoria Sub 17 e o quarto lugar na Liga Sul Série Ouro, pela categoria Sub 16.

Agora já renovado o vínculo com a ABC, a jovem está na cidade curtindo período de férias com a família, retornando em seguida para iniciar os treinos para temporada 2022. “(O vôlei) significa para mim oportunidades, como de crescimento no time e como pessoa, já que por mais fácil que pareça, a vida de um atleta não é fácil, morar longe dos pais e em outro estado, rotinas de treinos e academia. Mas por isso que o vôlei é tudo pra mim, porque a partir dele eu crio experiências únicas na minha vida, que vão me mudar para melhor como pessoa, e também por ser um meio que abre muitas portas”, conclui.

Segundo Marina, seu sonho é jogar profissionalmente em times de rendimento, como o Sesc Rio, do Rio de Janeiro, ou times de São Paulo e Minas Gerais. “E também chegar à seleção Brasileira, e assim poder representar o Brasil em diversos campeonatos ao redor do mundo. Ou então penso também em praticar vôlei fora do Brasil, cursando uma faculdade fora e jogando vôlei pela mesma”, completa ela.

“O vôlei é a minha segunda profissão, se eu pudesse vivia só disso”
Sagrada a Rainha da Praia 2021, Fabiana Lopes da Silva, a Faby, de 30 anos, compartilha do mesmo amor pelo voleibol que Marina. Desde 2019 em definitivo em Montenegro, a pernambucana teve no ano de 2021 diversas vitórias para comemorar.

A pernambucana
venceu o Rainha da Praia. Arquivo Pessoal/ Fabiana Lopes da Silva

A história de Faby com o vôlei começou aos seus 10 anos de idade. “Aos sete anos fui diagnosticada com febre reumática, então eu tinha muita dor no corpo, muita febre, muita indisposição. O médico falou para a minha mãe que eu não podia ficar sem fazer nenhum tipo de esporte, porque se eu ficasse parada eu iria atrofiar e ficar em cima de uma cama”, relembra.

Faby entrou então para a dança, mas ainda não se sentia completa. Após três anos, ela entrou para o projeto Meninos e Meninas de Olinda (P.M.M.O), em Recife, e ali foi dando seus primeiros passos no esporte. “Eu comecei a jogar, mas fazia tudo de qualquer jeito, fazia mais na brincadeira. O professor começou a me treinar e com o passar do tempo eu fui melhorando, e comecei a jogar nos times de Recife”, fala. A jovem foi federada, e através do projeto, conseguiu bolsa de estudos para jogar voleibol e participou de diversos campeonatos e circuitos no seu Estado.

Em 2013, Faby conheceu Montenegro e se apaixonou pela cidade. Entre idas e vindas, ela e o marido ficaram definitivamente no município em 2019, mas foi só em 2021 que ela começou a participar dos campeonatos por aqui. “Eu já jogava aqui, mas não da mesma forma que eu jogo hoje em dia, porque o pessoal ainda não me conhecia aqui no vôlei e eu também não conhecia ninguém”, diz.

Faby começou a jogar em um projeto social, em Recife. Foto: Arquivo Pessoal/ Fabiana Lopes da Silva

Após tempo de convivência Faby começou a jogar pelos times de Montenegro, e com as flexibilizações dos eventos em 2021, tiveram início as suas vitórias. Ela foi campeã do torneio de vôlei misto do Sesc/Sindilojas e campeã de um torneio de vôlei em Triunfo, além é claro, do Rainha da Praia. “2021 veio com tudo para mim, foi o ano do vôlei, da conquista. Todos os jogos que eu fui jogar, graças a Deus a gente conseguiu ganhar”, completa.

Mãe de três meninos, de 11, 8 e 4 anos de idade, Faby declara que incentiva os pequenos a seguirem no voleibol. “O Vôlei proporciona disciplina e me ajudou bastante. Eu quero muito que os meus filhos cheguem a essa nível. O vôlei é a minha segunda profissão, se eu pudesse vivia só disso”, fala.

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