Empresária e arquiteta é apaixonada pelo que faz
Aos 34 anos, Dóris Erthal decidiu que era hora de recomeçar. Mãe, empresária e com 17 anos longe dos estudos, ela prestou vestibular em silêncio, sem alarde, sem certeza de que passaria. Passou. E dali em diante, construiu uma trajetória que uniu sensibilidade, técnica e um propósito claro: transformar sonhos em espaços reais. Essa e outras histórias de sua trajetória de vida foram contatadas à jornalista Maria Luiza Szulczewski, a Lica.
Hoje, aos 50 anos, Dóris é arquiteta e urbanista, empresária e referência em seu setor. Pelo conjunto de sua trajetória e pela maneira como conduz o ofício com dedicação e respeito a cada cliente, ela recebeu o maior número de indicações no Mulheres que Brilham 2025, na categoria Empresarial. “Achei legal esse reconhecimento. Sempre fiz trabalho voluntário com carinho, e acredito que, se cada um fizesse um pouquinho, o mundo seria melhor”, comenta sobre a indicação ao prêmio.
Filha de Lotário e Eva, donos da antiga lancheria da Comauto, Dóris nasceu e cresceu em Montenegro, em uma casa cheia de vínculos afetivos e vizinhos que viraram uma grande família. O sonho da arquitetura nasceu cedo. O caminho até a profissão, porém, foi longo. Casou cedo, teve filhas, trabalhou com o marido, mas nunca abandonou o desejo de projetar. “A arquitetura é vender sonhos. Atender quem tem pouco recurso e mesmo assim conseguir emocionar com um projeto é o que me move”.
A arquitetura, para mim, sempre foi um sonho. Costumo dizer que ela é feita de sonhos, os meus e os de quem me procura.
Construir uma casa grande e bonita é fácil; o verdadeiro desafio está em projetar uma casa pequena capaz de emocionar, de fazer brilhar os olhos de quem vai viver ali”, salienta.
“Hoje em dia, dentro das condições do programa Minha Casa Minha Vida, é cada vez mais difícil alguém conseguir comprar um terreno e construir uma casa de tamanho padrão. As casas estão cada vez menores, e muitos profissionais não se dedicam a esse tipo de projeto. Mas eu faço com o maior prazer, sempre buscando entregar o melhor resultado. Porque o fato de a casa ser pequena não significa que ela deva ser feita de qualquer jeito”, comenta Dóris.
“Não existe idade para realizar sonhos. O que importa é fazer com amor, com o coração. Pois tudo que a gente faz assim, dá certo.”
