O Tribunal do Superior do Trabalho (TST) julgou o dissídio coletivo ingressado pelos Correios, e decidiu que manterá as cláusulas propostas pela empresa. Entre elas vale alimentação/refeição, com a inclusão de outras cláusulas de caráter social. Por maioria dos votos, os ministros aprovaram um reajuste de 2,6% para os trabalhadores (a partir de 1º de agosto), e a manutenção de 29 cláusulas do instrumento coletivo anterior.
Na tarde da segunda-feira, dia 21, os juízes decidiram ainda que a greve não foi abusiva. Todavia, decretaram que metade dos dias parados será descontada em folha e a outra metade será compensada, normalizando o mais rápido possível a entrega de cartas e encomendas. Assim, o TST também determinou que os trabalhadores que aderiram ao movimento devem retornar aos seus postos nesta terça-feira, 22. A pena em caso de recusa será multa diária de R$ 100 mil às entidades representativas, em caso de descumprimento.
Mas a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa dos Correios e Similares (Fentect) marcou assembleias simultâneas, em todo o País, para o final desta tarde de terça-feira. Apenas então os trabalhadores dos Correios definirão se encerram de fato a greve de 36 dias. Inclusive, a entidade assinala que a exclusão das cláusulas do acordo coletivo vai reduzir a remuneração dos empregados dos Correios em 40%.
Os Correios seguem executando o plano de continuidade do negócio, com a realização de mutirões de entrega. Ele ocorre inclusive em fins de semana e feriados, com o objetivo de reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados à população.