Teste: Honda Fit EXL modelo 2018

Símbolo de versatilidade, o Fit chegou à linha 2018 mais moderninho, encorpado e equipado. A convite da Honda Automóveis, o Ibiá Motores testou a versão EXL, top de linha, durante uma semana e constatou que o modelo, apesar de caro — o preço de tabela é de R$ 80.900,00 —, deixa a desejar em poucas questões, como o nível de acabamento da cabine, que poderia superior. O revestimento do painel, por exemplo, ficaria mais adequado ao valor do modelo se fosse emborrachado ou tivesse outro material de acabamento premium.

Em rodagens pelas rodovias dos vales do Caí, Sinos e Serra, o monovolume da Honda se mostrou bem apropriado para quem curte pegar a estrada. O volante ganhou um pouco mais de firmeza, porque a fábrica eliminou o sistema de escovas do motor de assistência à direção. Até a versão 2017, a maciez da direção era tanta que, às vezes, até exagerava. Na prática, o carro fica mais na mão do motorista, sem perder a leveza em manobras.

Dois importantes itens de segurança foram incorporados ao Fit em todas as versões — controle de estabilidade e de tração. Também é de série em todos o assistente de partida em rampa, que facilita arrancadas em aclives. Após tirar o pé do freio para colocar o carro em movimento, você tem três segundos para acelerar e, enquanto isso, o Fit não anda para trás.

O motor continua o mesmo (1.5 i-VTEC FlexOne, com controle eletrônico variável de sincronização e abertura de válvulas) até porque sempre atendeu adequadamente à demanda dos usuários. O consumo é baixo — as médias alcançadas pelo Ibiá Motores foram de 12 km/l na cidade e 14 km/l na estrada com gasolina no tanque — e o desempenho é bom, com torque de 15,3 kgfm a 4.800 rpm. É força suficiente para ultrapassagens seguras em rodovias e arrancadas espertas em área urbana.

O casamento dele com o câmbio CVT é bem acertado, sem nenhum tranco durante as mudanças. A ressalva que se faz é com o nível de ruído, que nas rotações mais altas está bem presente. Em relação a versões anteriores, o avanço do modelo 2018 do Fit são as borboletas atrás do volante, que dão algum espaço de autonomia o condutor, algo importante, por exemplo, em manobras de ultrapassagem.

É no painel que se percebe facilmente os progressos do monovolume. A tela da central multimídia na versão testada, EXL, é de sete polegadas e tem todas as funções sensíveis ao toque. Parece um tablet. Escolher a estação de rádio não é uma operação rápida em função das setas virtuais, a não ser que as emissoras estejam memorizadas. Mas a grande sacada é que o sistema é compatível com os aplicativos Android Auto e Apple Car Play, com os quais é possível levar o Spotfy, o Waze e outros arquivos de seu celular para a tela da central. Mas em trânsito, evite tirar os olhos da estrada ao manusear o equipamento.

O sistema de áudio e vídeo conta com visualização da câmera de ré em três ângulos de visão e indicação de distância por cores, com marcação de ponto máximo para abertura do porta-malas. Não há emissão de sinais sonoros, que costumam ser úteis. O carro vem com dois tweeters nas colunas frontais, enquanto o volante traz comando de voz para operação das funcionalidades dos sistemas Android Auto e Apple CarPlay. O sistema HFT (Hands Free Telephone), posicionado junto ao volante, possibilita o atendimento de uma ligação por meio da conexão sem fio juntamente com a função de viva-voz.

Outro ponto positivo são os comandos da climatização. Na versão top, a temperatura parece em mostrador digital e pode ser regulada em duas zonas. A intensidade do ar-condicionado também é operada em botões digitais. A Honda precisa melhorar, porém, a luminosidade dos botões dos vidros elétricos e das travas, que ficam na porta. À noite, são de difícil visualização.

Linha 2018 tem renovação visual

Apple CarPlay e Android Auto vêm na central da versão EXL, e o ar-condicionado digital nas versões EX e EXL

O conceito Crossfade Monoform, que marca a terceira geração do Honda Fit, recebeu importantes mudanças no modelo 2018. O modelo traz para-choques mais encorpado, grade frontal redesenhada, além de novos faróis e lanternas. Na EXL, que o Ibiá Motores testou, o sistema de iluminação fica integrado aos faróis Full LED, que permitem uma visibilidade superior à noite e mais requinte ao modelo.

As lanternas em LED também acendem na região das colunas traseiras, aumentando ainda mais a visibilidade e a segurança. Em todas as versões elas vêm de série e oferecem o sistema de sinalização em frenagens de emergência, ou seja, se pisar bruscamente no freio, elas piscam automaticamente, de forma rápida e intermitente para alertar o condutor que vem atrás.

O Fit traz diferenciais únicos em seu segmento, como o aproveitamento do espaço interno, com o tanque de combustível na posição central, e o sistema de configuração modular dos bancos — tecnologia que permite diversas configurações para acomodação de objetos longos e altos, além do modo Refresh, onde o encosto dianteiro alinha-se ao assento traseiro, em um encaixe que aumenta a capacidade de volume de carga.

No quesito segurança, a versão top de linha traz airbags frontais, laterais e de cortina, totalizando seis unidades de proteção contra colisão. A ergonomia fica facilitada com regulagens de altura e profundidade da coluna de direção, além de variados porta-objetos espalhados pelo interior, o que amplia a característica de um carro versátil e prático. Os retrovisores externos são de rebatimento elétrico.

Preços
DX (manual) R$ 58.700,00
Personal R$ 68.700,00
LX R$ 70.100,00
EX R$ 75.600,00
EXL R$ 80.900,00
*Valores adicionais para pintura metálica (R$ 990,00) e especial (R$ 1.290,00)

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