Prejuízo na fábrica queimada no Caí vai ultrapassar R$ 1 milhão

Danos. Não houve feridos no incêndio dos galpões onde era moída madeira

Nesta terça-feira, dia 29, o empresário Valmor Puhl ainda não havia parado para calcular o prejuízo total com o incêndio de sua empresa no Campestre Conceição, no interior de São Sebastião do Caí. A Comercial de Cavacos PK foi parcialmente destruída em incêndio que iniciou por volta das 4h30min da madrugada, incinerando completamente dois pavilhões onde retalhos e serragem eram transformados em pó de madeira.

FOGO persistirá por uma semana nos montes de cavaco e dos entulhos

Considerando apenas as instalações, matéria prima, produto pronto e o equipamento, o prejuízo inicial já ultrapassou R$ 1 milhão. Apenas a máquina de moer madeira custa em torno de R$ 800 mil. Mas o pior está na retomada do ritmo atual de trabalho, que Valmor calcula que levará em torno de seis meses. O primeiro obstáculo será a resistência do fogo. O empresário explica que por uma semana ou mais persistirão focos de incêndio em meio aos montes de serragem e pó de madeira.

Será preciso realizar um trabalho de revirar e seguir jogando água no entulho. Feito isso, o passo seguinte será limpar todo o terreno, retirando cinzas, madeiras, estrutura de ferro e telhas de zinco. Somente então ele poderá reconstruir os pavilhões e reinstalar o moinho, com tudo novo, inclusive a trituradora de cavaco.

Quanto à persistência do fogo, o comandante dos Bombeiros Voluntários Caienses, Anderson Jociel, confirmou que ao longo dos próximos dias farão o controle nestes focos de chama sob o entulho. Foi a corporação da cidade que realizou o primeiro combate e controle do incêndio, recebendo apoio de uma unidade dos Bombeiros Militares de Portão ao longo da manhã. Durante quase toda a terça-feira as equipes permaneceram no local, realizando rescaldo na tentativa de debelar totalmente a maior área de fogo possível.

Fogo espalhou rapidamente
Havia mais de 300 cargas de pó de madeira estocado, o que equivale a 200 toneladas. Isso sem contar retalhos e serragem para moer. A fábrica compra sobras de serrarias, fábricas de móveis e de paletes, tritura e transforma em combustível para as fornalhas de empresas de cerâmica, de louça e olarias. Acumulado, o material é altamente inflamável, inclusive seu pó acúmulo.

DEPÓSITO tinha mais de 200 toneladas em montanhas de serragem e pó

No estoque da PK havia muitos resíduos de pinheiro, especialmente o Pinus Ilhote, rico em resina. As primeiras chamas foram vistas por funcionários que dormem na área da empresa, mas que pouco puderam fazer. Em minutos tudo ardia. O primeiro pavilhão tinha base de madeira e caiu em seguida.

A hipótese de causa mais provável é uma fagulha de soldagem. Na segunda-feira a máquina trituradora passou por um conserto, no qual foi preciso soldá-la. Uma fagulha pode ter caído no pó e lentamente se alimentado do resíduo, ganhando tamanho durante a madrugada. Mas os funcionários asseguram que tomaram todos os cuidados durante e depois da manutenção.

Últimas Notícias

Destaques