Prefeito de Triunfo diz que companheira devolveu Auxílio Emergencial

O prefeito de Triunfo, Murilo Machado, lançou nota de esclarecimento a respeito de sua companheira ter acessado o Auxílio Emergencial Covid-19, do Governo Federal. Jéssica Stürmer, 29 anos, tem um pequeno negócio de estética, especificamente para extensão de cílios e designer de sobrancelhas; e estaria entre um grupo de gaúchos que sacou indevidamente R$ 600,00. A denúncia na imprensa ganhou força após a comprovação que, de fato, alguns destes foram irregulares.

O atual prefeito iníciou sua explicação assinalando que a companheira não tem nenhum tipo de ligação com o Poder Público de Triunfo. Mas confirma que, em razão dos efeitos e incertezas geradas pela pandemia, ela requereu o auxílio, e recebeu R$ 2,4 mil (duas parcelas). Porém, ainda no mês de junho, já teria efetuada a devolução integral dos valores. O casal reforçou sua justificativa com a publicação de extratos bancários.

Machado concorda que, em virtude de seu cargo, seria incompatível Jéssica fazer uso deste benefício; voltando a ressaltar que “não usufruiu” de qualquer valor. Ele somou ao seu argumento a lembrança de que extinguiu o gabinete da primeira dama, ação tomada assim que assumiu a Prefeitura. “Por entender que tal posição não é uma função pública que deva gerar despesa ao erário”, argumentou, em texto publicado em seu Facebook pessoal. E mesmo havendo está relação conjugal, o prefeito afirma que “se trata de uma questão de cunho pessoal”; e somente se pronunciou devido a uma postagem “maldosa e irresponsável” em redes sociais que desvirtuaria a verdade.

Sua postagem recebeu apoio, mas também críticas. Um cidadão não acreditou na explicação, e acusou de terem devolvido apenas depois da investigação ter sido tornada pública, mas não divulgada com detalhes. Ele refere-se ao fato da empresária de Espumoso, Ana Paula Brocco, que conseguiu na Justiça liminar de “censura prévia”, impedindo a publicação de reportagem que revelava seu nome. A liminar caiu na última sexta-feira.

O primeiro relatório de acompanhamento de dados, relacionados às ações de combate à Covid-19, foi feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O documento revelou que, caso esses pagamentos indevidos não fossem interrompidos, poderiam gerar um prejuízo de mais R$ 1 bilhão aos cofres públicos, devido a 620.000 pessoas terem recebido sem ter o direito.

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