No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio, a Polícia Federal deflagra a Operação Cabrera, com o objetivo de reprimir o compartilhamento e a posse de imagens e vídeos de pornografia infantil na internet.
Cerca de 370 policiais cumprem 93 mandados de busca e apreensão, além de duas prisões preventivas e uma condução coercitiva. A operação ocorre no Distrito Federal e em 18 estados, entre eles o Rio Grande do Sul.
Em Brasília, a Polícia Federal reuniu informações e alvos de investigações de várias unidades da PF pelo Brasil, não diretamente relacionadas entre si, mas que tratam da disseminação transnacional de pornografia infantil, por meio de redes sociais, e-mail e aplicativos de mensagens e vídeo. A operação é unificada e coordenada pela Unidade de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (URCOP).
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de posse, compartilhamento de arquivos de pornografia infantil, com penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código penal Brasileiro que variam de 1 a 6 anos de reclusão.
Por que 18 de maio?
Neste dia, em 1973, Araceli Cabrera Sánchez Crespo, uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos. Com a repercussão do caso, e forte mobilização do movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O nome da operação da PF realizada hoje homenagem a Araceli Cabrera.